A Secretaria Municipal de Saúde da Serra, comandada pelo secretário Alexandre Viana, assumiu que ainda não possui um planejamento específico para receber doses e vacinar os moradores da cidade contra o coronavírus. O principal responsável pela aquisição das vacinas é o Ministério da Saúde, mas cidades de todo o Brasil já se preparam para receberem e armazenarem os produtos tão esperados, além de criarem cronogramas para a imunização da população.
No entanto, na Serra – que é uma das cidades mais afetadas pela pandemia de coronavírus no Espírito Santo – a Prefeitura não possuí sequer um plano específico para a vacinação até esta quinta-feira (10). É importante lembrar que a imunização é essencial para frear o coronavírus e com o retardamento do Governo Federal na aquisição de vacinas, municípios e estados já estão tomando frente na iniciativa e assinando acordos com laboratórios.
Isso, por exemplo, já ocorre em Belo Horizonte, Minas Gerais. A administração da capital afirma que espera com o PNI (Programa Nacional de Imunização), coordenado pelo Ministério da Saúde, para obter qualquer vacina que for aprovada pela Anvisa. Mas esclareceu que fez os acordos com o Butantan e com a Universidade para garantir que vai “iniciar a imunização dos grupos de risco o quanto antes”.
O TEMPO NOVO acionou a Prefeitura da Serra com uma série de questionamentos sobre a vacinação na cidade. Ao ser questionado sobre a criação de um possível plano para imunização, o Município se limitou a dizer que aguarda as orientações do Ministério da Saúde e Governo do Estado. As demais perguntas (previsão para vacinação e diálogo com governos) foram ignoradas pela Secretaria de Comunicação.
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É importante destacar que governadores e prefeitos de todo o Brasil tem demonstrado preocupação com as ações tomadas pelo Governo Federal sobre as compras de doses das vacinas. O último prazo dado pelo Ministério da Saúde é de que entre esse mês e janeiro de 2021, o país já poderá iniciar a vacinação, que já está ocorrendo em outros países. E essa demora é o principal motivo que faz os estados e municípios tomarem iniciativa para não ficarem de fora da imunização.
Além disso, segundo especialistas, algumas das vacinas dependem de ‘supergeladeiras’ para o armazenamento das doses. No Brasil, esses equipamentos existem em poucos lugares e com pouca oferta. Isso preocupa, já que uma compra de última hora pode atrasar ainda mais o início da vacinação contra a doença.
Por meio de nota, a Prefeitura da Serra disse também que possui a maior rede de atendimento aos moradores na área da saúde, contando com três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e 39 unidades de saúde. Vale lembrar que uma dessas unidades é exclusiva para pacientes confirmados ou com suspeita de coronavírus.
Entretanto, conforme matéria publicada pelo TEMPO NOVO ontem (9), os pacientes da cidade que dependem do sistema público de saúde estão reclamando do longo tempo de espera na UPA de Castelândia. Por lá, segundo eles, são mais de seis horas para conseguir ser consultado por um médico. No local, também não há distanciamento social entre os pacientes.
Sobre isso, a prefeitura disse que as denúncias dos moradores não são verdadeiras (leia mais clicando aqui).
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