Maior obra de mobilidade urbana que está sendo executada pela Prefeitura da Serra atualmente, a Rotatória do Ó – em Parque Residencial Laranjeiras – deve ter o trânsito liberado para a circulação dos motoristas em agosto. De acordo com a Secretaria de Obras, até o fim de julho, as equipes já iniciarão a pavimentação do mergulhão.
A partir daí, os motoristas já poderão utilizar parte da nova rotatória. As obras, no entanto, devem continuar por mais um período. A Prefeitura da Serra diz que as vigas dos viadutos 2 e 3, que serão instalados nos sentidos Morada de Laranjeiras e Avenida Talma Rodrigues Ribeiro, estão sendo encaminhadas para o canteiro de obras e devem chegar nos próximos dias.
Já o viaduto 1 está praticamente finalizado, faltando apenas alguns poucos ajustes. Ao Jornal TEMPO NOVO, o Município rebateu as reclamações de moradores da Serra que denunciavam uma suposta paralisação ou lentidão da obra. Explicou ainda que, nas últimas semanas, houve uma movimentação menor no local por conta de um desvio que precisou ser feito numa adutora da Cesan.
O serviço foi realizado, segundo a Prefeitura da Serra, com muito cuidado até o último domingo e isso impedia que as escavações fossem realizadas, também conforme já planejado. O Município destacou ainda que a suspensão da escavação era importante para que não houvesse paralisação do fornecimento de água. No entanto, os serviços de escavação retomaram esta semana.
Obra será entregue ainda neste ano, garante prefeitura
Em conversa coma a reportagem, o secretário de Obras da Serra, Halpher Luiggi, confirmou que a obra será entregue ainda este ano. Disse ainda que a liberação do trânsito nos trechos citados acima deve ocorrer até o fim de agosto. “Estamos trabalhando muito para isso acontecer; esta semana voltamos com tudo na escavação e o planejamento está para até o final deste mês já estar pavimentação as vias e depois liberar o tráfego”, destacou.
Vale destacar que o final da Avenida Eldes Scherrer Souza será uma via multifaixas, sendo 3 para tráfego geral nos sentidos Avenida Talma Rodrigues e Avenida Copacabana e 2 exclusivas para ônibus, onde a pavimentação será em concreto.
Além disso, o perímetro da rotatória, Avenida Copacabana e o trecho da Avenida Talma contarão com novos passeios, ciclovias e canteiros. Sobre paisagismo, a Secretaria de Obras da Serra informou que uma parte está prevista para entrega nesta primeira etapa da obra, mas informou que tudo será entregue na segunda etapa.
Obra vai suportar crescimento da Serra nos próximos 30 anos
Em conversa anterior com a reportagem, no mês de maio, Halpher Luiggi, informou que antes do início das obras, a região apresentava saturação em sua capacidade durante os horários de pico. Era comum, por exemplo, grandes engarrafamentos em suas ligações com a Avenida Copacabana, Avenida Talma Rodrigues e Avenida Eldes Scherrer.
Por isso, o principal objetivo da construção é eliminar esse ‘gargalo’ e garantir fluidez no trânsito da região, que conta com hospitais, escolas e acessos para importantes bairros, inclusive, também faz caminho para a área industrial do Civit II e para balneários da Serra.
“Mantido o crescimento da demanda dos próximos anos segundo o previsto na fase de estudos e projetos, a via deve suportar o crescimento do trânsito nos próximos 20 a 30 anos”, destacou o secretário.
Estão sendo investidos mais de R$ 36 milhões na implantação das melhorias e, de acordo com a Prefeitura da Serra, a obra tem previsão de término para o segundo semestre de 2022.
Obra está sendo feita com dinheiro de empréstimo
A obra da Rotatória do Ó foi iniciada no último ano da gestão do ex-prefeito Audifax Barcelos. Para conseguir viabilizar a construção, o então chefe do poder Executivo solicitou um empréstimo de aproximadamente R$ 44,6 milhões junto ao Governo Federal.
O contrato de financiamento (número 0522.311-16/2020) foi assinado no dia 17 de junho de 2020. Já a obra foi iniciada em agosto. Apesar do dinheiro já está sendo utilizado para a construção, o término da carência será apenas no dia 06/09/2022.
Isso significa que somente a partir daí a Prefeitura da Serra vai começar a pagar o empréstimo, que gerará uma dívida durante os próximos 20 anos (240 meses).