Apesar de ainda não registrar nenhum caso suspeito ou confirmado de Monkeypox (varíola do macaco), a Prefeitura da Serra entrou em alerta para o risco de a doença chegar na cidade e infectar moradores. Nesta semana, o Governo do Estado anunciou a investigação de um paciente que poderia estar contaminado pelo vírus; esse seria o primeiro caso registrado no Espírito Santo.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) não informou em qual cidade o paciente suspeito está internado, mas disse que se trata de um hospital particular. Informações extraoficiais apuradas pelo Jornal Tempo Novo dão conta de que o caso suspeito não é de um morador da Serra.
Mesmo assim, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) informou que o Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde- CIEVS está em alerta para possíveis casos. Disse ainda que vem acompanhando, continuamente, as atividades da sala de situação do Monkeypox, do CIEVS Nacional, e repassando as informações.
“Enviamos atualizações e orientações para os serviços de saúde do município (públicos e privados) quanto aos fluxos a serem seguidos mediante casos suspeitos e emitindo alertas e comunicados de riscos, quando necessário”, disse o Município em nota.
Ainda de acordo com a Secretaria de Saúde da Serra, a Secretaria Estadual de Saúde definiu o Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam) como referência para atendimento dos casos confirmados.
Paciente suspeito tem 44 anos
De acordo com o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, o resultado da investigação do caso suspeito de varíola dos macacos no Espírito Santo pode sair até esta sexta-feira (17).
O paciente possui 44 anos e é comandante de um navio de carga que saiu da Singapura e ancorou na costa capixaba.
O que é a varíola dos macacos?
É uma zoonose viral, isto é, uma doença infecciosa que passa de animais para humanos, causada pelo vírus de mesmo nome (varíola dos macacos). Este vírus é membro da família de Orthopoxvirus, a mesma do vírus da varíola, doença já erradicada entre os seres humanos.
Medidas de prevenção
A Secretaria de Estado da Saúde afirmou que é necessário manter cuidado com contato, principalmente com pessoas que tenham vindo de outros países onde há casos confirmados da doença.
A transmissão da varíola dos macacos se dá principalmente quando alguém tem contato próximo com uma pessoa infectada. O vírus pode entrar no corpo por lesões da pele, pelo sistema respiratório ou pelos olhos, nariz e boca. Depois da infecção, leva-se geralmente de 5 a 21 dias para os sintomas surgirem, que geralmente são leves e desaparecem por conta própria em cerca de três semanas.
A infecção viral já se espalhou por mais de 30 países, incluindo o Brasil. O primeiro caso de varíola dos macacos no país foi confirmado na cidade de São Paulo; já são cerca de cinco contaminados em território brasileiro.
Os primeiros sintomas da varíola dos macacos são:
- Bolhas e feridas na pele, que coçam e doem;
- Febre;
- Calafrios;
- Dor de cabeça;
- Dor muscular;
- Cansaço excessivo,
- Dor nas costas.
Estes sintomas costumam surgir cerca de 5 a 21 dias após o contato com o vírus, e duram entre 14 a 21 dias. As bolhas costumam surgir primeiro no rosto e mucosa oral, espalhando-se depois para o resto do corpo e atingindo, principalmente, as extremidades, como a palma das mãos, e podendo também aparecer na região genital.