Mesmo seguindo na liderança do número de óbitos causados pelo coronavírus no Espírito Santo, a Serra está há dois dias sem registrar moradores mortos por complicações da Covid-19. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Apesar disso, existe uma grande preocupação entre as autoridades da Saúde, já que a taxa de transmissão da doença voltou a subir na Grande Vitória e muitas aglomerações vêm sendo registradas durante os fins de semana.
De acordo com os dados mais recentes publicados no Painel Covid-19, a Serra já registra, no total, 16.138 pessoas que foram infectadas, 404 mortes e 15.123 moradores considerados curados da doença. Nas últimas 48 horas, nenhuma morte foi contabilizada, mas casos confirmados continuam ocorrendo. Em 24 horas, por exemplo, foram 47 novos infectados.
Os bairros da cidade com o maior número de óbitos são: Feu Rosa (25), Bairro das Laranjeiras (24), Nova Carapina I (22), Vila Nova de Colares (20), Cidade Continental (17), Barcelona (16) e José de Anchieta I (16). Das mortes na cidade, a grande parte é de idosos ou pessoas com comorbidades, mas também houve registro de moradores mais jovens, com 32 e 43 anos. Nesse caso, sem informações sobre comorbidades. A taxa de letalidade da Serra é 3,12%.
Colina de Laranjeiras é o bairro com maior número de casos confirmados de coronavírus na Serra e já tem 775 confirmações. Em segundo lugar vem Feu Rosa, com 665. Ainda conforme apurado pelo TEMPO NOVO, no Painel Covid-19 – espaço onde o Estado contabiliza os dados do novo coronavírus – o Espírito Santo tem, no total, 133.025 confirmações, 3.564 mortes e 122.306 curados.
O que traz preocupação para as autoridades da Saúde é o aumento na taxa de transmissão da Covid-19, que foi alertado pelo governador Renato Casagrande (PSB), no início desta semana. De acordo com ele, as “aglomerações exageradas” podem ocasionar num novo aumento de pessoas hospitalizadas e outros infectados.
Casagrande ainda afirmou que caso isso realmente ocorra, haverá um novo fechamento de atividades econômicas, incluindo o comércio em geral. Há semanas, a Serra está classificada como risco baixo. Na prática, isso significa que não existem mais limites de horários para o funcionamento de comércios, incluindo bares, lanchonetes, restaurantes e shoppings.
“Com a taxa de transmissão aumentando, vai aumentar a ocupação dos leitos e os óbitos. Bom compreender que não resolvemos a pandemia, a pandemia está presente e precisamos contar com a responsabilidade de cada um de nós. Se a gente quiser que as atividades econômicas e sociais continuem funcionando, precisamos mudar nosso comportamento. Se não mudar, daqui a pouco teremos que tomar medidas restritivas porque a matriz de risco aponta: se aumentar óbito, vamos ter que de novo fechar”, disse o governador.