A Serra continua sendo uma das principais potências em exportação de rochas ornamentais no Brasil. Dados de 2023 divulgados pelo relatório de exportações de rochas do Sindirochas confirmam isso, apesar de uma queda no setor em nível nacional. O Espírito Santo lidera com folga, sendo responsável por 82,24% do valor total exportado no país. Entre estados exportadores, o Espírito Santo se manteve na liderança, seguido por Minas Gerais (10,4%) e Ceará (3,16%). Em relação aos municípios do ES, a Serra está no topo do ranking.
O Espírito Santo exportou 1.377.079 toneladas de rochas, entre brutas e ornamentais trabalhadas, gerando 914 milhões de dólares. A Serra contribuiu com 283.945 toneladas, equivalentes a 20,6% do total. No entanto, é no valor das exportações que a Serra mostra sua força econômica: as exportações do município somaram 270 milhões de dólares, representando 30% do total do Espírito Santo, o que é equivalente a 1,33 bilhão de reais na conversão atual.
Em resumo, a Serra é a maior exportadora de rochas ornamentais do Espírito Santo, que por sua vez é disparadamente o maior exportador do Brasil. Cachoeiro de Itapemirim vem em segundo lugar, com 248 milhões de dólares em rochas exportadas. Os números caem consideravelmente para outros municípios com participações menores.
O principal destino das rochas capixabas são os Estados Unidos, que em 2023 foram responsáveis por 65,9% do valor total das exportações. A China ocupou o segundo lugar, com um aumento nos últimos três anos, representando 9,6% do valor total em 2023. O México ficou em terceiro lugar, com 6,3% do valor, no mesmo período. De acordo com o Instituto Jones dos Santos Neves, as exportações de rochas em 2023 representaram 10% de todas as exportações do estado naquele ano.
A maioria das pessoas pode se perguntar: “Mas não existe extração de rochas ornamentais na Serra?” De fato, essa atividade mineral é relativamente tímida no município, embora ocorra em menor escala. No entanto, o grande diferencial da Serra é ser um centro de beneficiamento de rochas que gera um valor agregado maior ao produto, com a presença de diversas empresas do setor cujas sedes administrativas estão localizadas no município, mesmo que a extração bruta se concentre em outras regiões. Esse sistema é muito bem explicitado pelos números de exportação: dos 270 milhões de dólares exportados por empresas da Serra, 41 milhões de dólares foram em blocos e 228 milhões de dólares em chapas.
Em geral os blocos chegam na Serra na sua forma bruta, e são beneficiados em processos que envolvem várias etapas de tratamento e transformação das rochas extraídas das minas para que se tornem aptas para uso comercial e decorativo. Assim são produzidos materiais como mármore, granito, quartzito, entre outros, utilizados em construção e decoração.
Segundo informações da Prefeitura da Serra, existem cerca de 1.600 empresas ligadas ao setor de rochas ornamentais no Estado, e mais de 200 delas estão na Serra. São empresas de diversos segmentos: produção, insumos, comércio, serviços, etc. Muitas estão localizadas nos polos Jacuhy e Piracema, ambos às margens da rodovia do Contorno de Vitória, um local estratégico para acessar o Porto de Vitória sem precisar passar pela malha industrial da capital.
Entre as maiores empresas está o Grupo Corcovado, com sede no Civit II. Outro exemplo é a Zucchi Granitos, sediada em Jacaraípe e listada entre as 200 maiores empresas do Espírito Santo pelo anuário do IEL.
Apesar dos números impressionantes em bilhões de reais e milhões de toneladas, o setor de rochas ornamentais enfrentou uma queda nos resultados em comparação a 2022. O Centro Brasileiro dos Exportadores de Rochas Ornamentais (Centrorochas) atribui essa queda ao fim da demanda reprimida do pós-pandemia, que havia elevado significativamente os números.
Tales Machado, presidente do Centrorochas, considera o declínio como um restabelecimento esperado do setor após o boom do pós-pandemia. “Muitos setores econômicos sentiram imediatamente os impactos da pandemia. No setor de rochas, parece que isso está acontecendo agora. O conforto é que esse efeito se manifestou como um retorno aos níveis de faturamento do período pré-Covid”, explicou.
Mesmo com a redução de 13,4% no faturamento em comparação a 2022, o setor manteve um desempenho positivo, demonstrando capacidade de superar adversidades. Na Serra, a queda foi mais acentuada. Nas exportações de rochas em blocos, houve uma redução de 17,5% no faturamento. Já nas exportações de chapas, que possuem maior valor agregado e compõem a maior parte da produção da cidade, a queda foi de 17,8%.
Considerando o diagnóstico de Tales Machado, o cenário na Serra não é ruim, pois a tendência é de retorno à demanda pré-pandemia, após a alta causada pela demanda reprimida. Nesse contexto, 2023 pode ser considerado um ano positivo, já que em 2019, antes dos impactos da Covid-19 no Brasil, a Serra exportou 256 milhões de dólares em rochas ornamentais, o que equivale a 14 milhões a menos. Além disso, naquele ano as exportações da Serra representavam 25,3% do mercado capixaba, enquanto em 2023 alcançaram 30%.
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