Cidade mais violenta do ES há mais de duas décadas, a Serra vem experimentando redução do número de homicídios, segundo os números oficiais.Tanto que do dia 20 ao dia 29 outubro, nenhum homicídio foi registrado na cidade, fato inédito nos últimos vinte anos, segundo o comandante Roberto Mauro, do 6º Batalhão da PM, responsável pelo policiamento do município.
E no balanço do mês de setembro feito pela Secretaria (SESP), divulgado no último dia 26, apontou a tendência de queda. Foram 14 homicídios, ficando atrás de Cariacica com 19. Mas a Serra ficou a frente de Vila Velha 11, Vitória com 3, Guarapari 3, Fundão 1 e Viana nenhum. Ao todo na Grande Vitória foram, 51, de um total de 91 em todo o Espírito Santo em setembro.
Já no balanço entre janeiro e setembro, a cidade teve 150 homicídios, uma queda de 36% em relação ao mesmo período do ano passado, onde 237 pessoas morreram por conta da violência. Vale lembrar que 2017 foi marcado pela greve da PM em fevereiro, que fizeram os números crescerem bastante.
Para Roberto Mauro, a queda está ligada a estratégia da polícia em atuar nas áreas onde o foco desse tipo de crime é mais comum. “A Polícia Militar vem atuando com foco nos bairros com histórico de mais homicídios. Por isto o número de homicídios nos aglomerados de Carapina, Novo Horizonte e Planalto Serrano estão sob controle”, afirma.
O comandante do 6º Batalhão acrescenta que as apreensões de armas de fogo e prisões de homicidas, contribuíram para a preservação de mais de 100 vidas de 2017 para cá. “O que nos possibilita afirmar isto é a constatação de que 88% dos homicídios ocorridos neste município são praticados por arma de fogo. De janeiro até agora, 18% de armas de fogo retiradas das ruas em todo estado do Espírito Santo eram da Serra”, revela.
Os dados da SESP mostraram ainda que desde o início de 2018, assassinatos vêm caindo no Espírito Santo. Até abril, passavam de 100 por mês em todo o estado. Depois não chegou mais a três dígitos. O mês menos violento até agora foi em julho, com 71. Mas vale lembrar que os meses de verão, principalmente dezembro, janeiro e fevereiro, costumam ser o pico dos crimes contra a vida.