Até novembro, o mercado de trabalho formal na Serra gerou mais contratações do que demissões com carteira assinada. Situação que já havia ocorrido ano passado. No entanto, o desempenho de 2018 e 2019 não foi suficiente para reverter a tendência de queda nas vagas de trabalho com carteira assinada nos últimos anos.
Tanto que em cinco anos foram fechadas 11,1 mil vagas de emprego com carteira assinada no município. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Governo Federal.
De janeiro a novembro de 2019, o saldo entre admissões e demissões foi de 2,5 mil vagas de emprego. Em 2018, o saldo positivo foi de 5,3 mil. Porém no triênio anterior, durante o auge da crise econômica que atinge até hoje o país, houve perda de 18,9 mil vagas de trabalho com carteira assinada na Serra.
É de se registrar que além da crise econômica nacional, a Serra e outras cidades capixabas sofreram em 2015 com a paralisação da Samarco e agora enfrentam a redução da produção no complexo de Tubarão (Vale e ArcelorMittal Tubarão) em decorrência do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho – MG, ocorrida em janeiro.
A redução dos postos formais de emprego na Serra segue tendência nacional. Números divulgados pelo IBGE, apontam que o Brasil está com 41,2% da população economicamente ativa trabalhando na informalidade, um total de quase 39 milhões de pessoas. Este ano o trabalho informal bateu recorde desde que o IBGE começo a medi-lo em 2016.
Ainda de acordo com o IBGE, a principal geração de empregos no país atualmente acontece justamente nas ocupações informais. Nelas estão pequenos empreendedores sem registro, vendedores ambulantes, motoristas de aplicativo, pessoas que trabalham sem carteira em negócios de família, dentre outras atividades.