A Serra está vivendo um grave surto de chikungunya e isso virou consenso entre especialistas da saúde. Apesar da Secretaria Municipal de Saúde (Sesa) não ter informado a população sobre o assunto, o TEMPO NOVO divulgou, no dia 16 de outubro de 2020, o aumento expressivo de casos confirmados da doença entre os moradores da cidade. Até aquele dia, 1.072 pacientes tinham sido infectados: um aumento de 1.118% – em comparação ao mesmo período do ano passado, quando eram 88 confirmações.
Na ocasião, Rubia Miossi, médica infectologista da Unimed, conversou com a reportagem e confirmou que toda a Grande Vitória, inclusive a Serra, enfrenta um surto da doença, mas segundo a especialista isso ocorre há meses. Ela ainda alertou sobre os perigos da doença, que causa sofrimento por um longo período para suas vítimas.
E para tentar clarear os leitores, mostrar como está a atual situação da cidade e ajudar a prevenir mais contaminados, o TEMPO NOVO vem tentando coletar os dados atualizados referentes à doença, juntamente com a assessoria de imprensa da Prefeitura da Serra, há semanas, mas tem sido sumariamente ignorado, fato que cria questionamentos sobre os motivos que fazem a Secretaria de Saúde tentar esconder as informações públicas e de total interesse da população.
As tentativas em busca dos números oficiais de contaminados e vítimas fatais por chikungunya começaram no dia 9 de novembro, por meio de e-mail. Nessa mesma ocasião, um assessor da prefeitura ligou para a redação informando que não poderia responder a demanda naquele dia, mas sim no dia 10.
No dia 11, a reportagem acionou novamente o Município, mas o e-mail foi ignorado. A mesma situação ocorreu no dia 12. No dia 13, um repórter da redação enviou mensagem para o WhatsApp do assessor responsável pela Secretaria de Saúde. A demanda foi vista, mas não respondida.
O jornal seguirá na cobertura, no entanto, lamenta que a prefeitura – responsável por coletar esses dados – não esteja respondendo as demandas solicitadas, cujo intuito é trazer a informação mais precisa e atender os anseios de moradores que já sofrem com uma pandemia e agora precisam conviver com um surto de outra doença, que também é gravíssima.