Por Clarice Poltronieri
A falta de acordo sobre o reajuste salarial proposto pela prefeitura está movimentando os servidores para o estado de greve. E os serviços públicos municipais podem parar, mas com garantia por parte dos servidores de que os serviços de urgência serão mantidos.
A prefeitura ofereceu um reajuste de 9,26% parcelado, sendo 2% em junho, 3% em novembro e 4% em abril de 2016, mas os servidores rejeitaram. O Sindicato dos Servidores Municipais da Serra (Sermus) pede reajuste de 18,52%, para compensar 2013 e contemplar 2015, e aumento no ticket alimentação de R$300 para R$450.
Nesta sexta (22) os servidores municipais de todas as categorias organizam um ato público para as 8h30, em frente à Prefeitura, para manifestar contra essa proposta.
Segundo o presidente do Sermus, Osvaldino Marinho, já estão se mobilizando e vão participar do ato e a entrarem em greve a partir do dia 25. A proposta, definida na assembleia do sindicato no dia 18, é que a paralisação siga até 9 de junho.
Os serviços públicos de urgência serão mantidos com 30% de funcionários, como os serviços de saúde, segundo o sindicato.
Professores
As escolas já se preparam para suspender as atividades. Segundo Josandra Ruph, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Espírito Santo (Sindiupes), nesta semana os professores tiveram reuniões com a comunidade escolar para apontar os motivos da possível paralisação e a greve deve ser definida em assembleia na próxima segunda (25), no Centro de Treinamento de Carapina, às 15h30.
“Tudo aponta para a greve, pois o município não apresentou outra alternativa para o reajuste. A proposta do prefeito inviabiliza uma negociação para o ano de 2016 e já estamos com cerca de 32% de perdas. Na sexta, os representantes das escolas se reunirão para apresentar as propostas de paralisação”, afirma Josandra.
Agentes de saúde e de endemia não vão parar.
O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindsaúde) afirmou que os agentes municipais de saúde e de combate a endemias não vão participar do movimento. Isso porque a categoria está em negociação à parte com a prefeitura, buscando adequar seus salários ao piso nacional estabelecido por lei.
“Não vamos participar do movimento porque pleiteamos o piso nacional e há uma conversa com o prefeito que direciona a isso. Só vamos aderir ao movimento se essa conversa acabar”, afirma Jovanio Barbosa de Oliveira da direção do Sindsaúde.
A redação entrou em contato com o Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) para confirmar se os médicos e enfermeiros também vão parar , mas até o momento não obteve retorno dos mesmos.