Por Conceição Nascimento e Clarice Poltronieri
Após mais uma tentativa frustrada de acordo com a administração municipal, em reunião na quarta-feira (20), servidores se movimentaram para o ‘estado de greve’ e já ameaçam uma paralisação a partir da próxima segunda-feira (25). Com isso, os serviços públicos municipais podem parar, mas com garantia por parte dos servidores de que 30% dos serviços de urgência serão mantidos. Nesta sexta (22) está previsto um ato público as 8h30, em frente à Prefeitura.
As escolas devem suspender as atividades na segunda (25). Segundo Josandra Ruph, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Espírito Santo (Sindiupes), a greve deve ser definida em assembleia também no dia 25.
Informações do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindsaúde) dão conta de que os agentes de saúde e de combate a endemias não vão participar do movimento, pois estão em negociação com a prefeitura.
O Sindicato dos Médicos do Espírito Santo (Simes) informou que os médicos já estão em estado de greve em movimento independente, que foi suspenso devido a judicialização, por isso não podem participar do movimento, mas que é solidário com a causa.
O percentual de reajuste salarial para o funcionalismo anunciado pelo prefeito Audifax Barcelos (PSB), de 9.26%, e a forma de incorporação ao contra-cheque (2% em junho/2015; 3% em novembro/2015 e 4% em abril/2016) azedaram a relação entre servidores e o prefeito da Serra.
O Sindicato dos Servidores Municipais da Serra (Sermus) pede reajuste de 18,52%, para compensar 2013 e contemplar 2015, e aumento no ticket alimentação de R$300 para R$450. A proposta de greve, definida na assembleia, é que a paralisação siga até 9 de junho.
Vereadores
O projeto contendo a proposta de reajuste para o funcionalismo público municipal está na Câmara de Vereadores e deve ser lido na sessão da próxima segunda-feira (25), segundo o 1º secretário da Mesa Diretora, Antônio Boy do INSS (PSB).
Segundo a Secretaria de Comunicação da Serra, com o percentual de 9,26%, a folha de pagamento sofrerá impacto total de R$ 14.850 milhões até abril de 2016. O parcelamento em três vezes visa garantir que o município cumpra a Lei de Responsabilidade Fiscal, que limita a despesa com pessoal em no máximo 54% da receita corrente líquida.
