Por Yuri Scardini
A Procuradoria Eleitoral do ES causou grande furor na última quinta-feira (04), ao dizer que as coligações devem ser homologadas na próxima segunda (08) e não no dia (15) de agosto como estavam esperando as lideranças políticas. Na prática, se tal medida prevalecer, os partidos vão perder uma semana de negociações. E isso já foi o suficiente para causar uma correria de vai e vem de informações desencontradas.
Coligações são viscerais dentro de uma eleição, e muitas vezes são decididos nos últimos momentos. Justo, afinal são escolhidas as alianças. É um casamento que só é passível de divórcio depois que o pleito termina. Essa retirada de sete dias sem dúvida bateu na cúpula dos partidos, principalmente na Rede de Audifax Barcelos e no PDT de Sérgio Vidigal. Ambos os partidos ainda não definiram parceiros para a chapa de vereadores, e agora, isso deverá ser resolvido até segunda-feira.
É uma decisão de suma importância, pois tanto Audifax quanto Vidigal precisam formar vereadores, pois caso a derrota na corrida eleitoral de prefeito venha, será necessário uma verdadeira tropa de choque de vereadores para se blindar da avalanche que virá em seguida. E, em caso de vitória, ter uma Câmara que dê governabilidade.
Certo é que o PMDB do vereador Luiz Carlos Moreira negocia com os dois. Os peemedebistas representam solução razoável para coligar na chapa de vereador dos dois caciques eleitorais, encorpa a chapa e traz a imagem do governador na estampa eleitoral. Moreira impõe condições para isso, e deve optar por um ou por outro nos finalmentes do jogo. Rede e PDT precisam de um plano B. Obviamente eles terão, Audifax têm a máquina e Vidigal poder de articulação.
Estes sete dias vão fazer falta, abre espaço para o descuido e traições podem acontecer. Mas quem está na chuva, veio para se molhar.