A Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê um aumento de 150% no número de pessoas com quadro de demência até 2050. Em meio a esse cenário preocupante, uma boa notícia: bons hábitos cultivados durante a vida podem ajudar a prevenir a doença.
Um estudo feito por cientistas da Universidade do Mississipi (EUA) concluiu que cultivar hábitos saudáveis diminui o risco de desenvolvimento de demência, inclusive para pessoas com predisposição genética ao problema. Segundo os cientistas, que estudaram mais de 10 mil pessoas por um período de 30 anos, os hábitos conseguiram reduzir em até 43% o risco da doença.
Os hábitos apontados pelos pesquisadores são: ser ativo, ter uma alimentação saudável, manter o peso ideal, não fumar, controlar o colesterol, manter níveis baixos de açúcar no sangue e controlar a pressão arterial.
O médico geriatra Gustavo Genelhu ressaltou que o estudo reforça a importância de cuidar da saúde o quanto antes. “Uma velhice saudável se constrói ao longo da vida, é o resultado de escolhas acertadas. Muitas pessoas, por serem mais jovens, acabam não dando a devida atenção a problemas, como colesterol alto, excesso de glicose, sedentarismo e, quando chega a idade mais avançada, enfrentam uma série de problemas de saúde”.
O médico faz um alerta: “Ainda não há uma cura definitiva para demências primárias, por isso, quanto mais hábitos saudáveis adotarmos ao longo da vida, menos chances teremos de enfrentar demências e muitas outras doenças na terceira idade. E tudo que nossos idosos merecem é uma velhice tranquila e saudável”.