Um milhão e duzentos mil brasileiros estão com Alzheimer no país. A doença afeta a memória dos mais idosos e não tem cura. A perda de memória recente é o principal indicativo da doença que afeta, anualmente, segundo estimativas, 100 mil novas pessoas, geralmente as com idades superiores a 60 anos. Os acometidos pela doença precisam de cuidados especiais até o fim da vida.
O médico neurologista e neurocirurgião da Unimed Vitória, Alexandre Teixeira, explica que as causas e progressão da doença ainda não são completamente compreendidas e que os tratamentos atuais são destinados apenas aos sintomas do Alzheimer, não existindo tratamentos para parar ou regredir a progressão. “Como a doença tem caráter degenerativo e progressivo, o tratamento visa retardar a evolução dos sintomas, podendo ser divididos em farmacológicos, psicossociais e a nível de cuidados de saúde”, explica.
Ele informa que a primeira região do cérebro a ser atingida é o hipocampo, responsável pela memória recente. Duas proteínas, a beta amielóide e a TAU, são depositadas de forma descompensada nesta região, alterando o funcionamento das células nervosas e das ligações entre elas. As proteínas matam os neurônios e a região começa a atrofiar. As proteínas vão se espelhando e outras áreas importantes para a cognição são afetadas. A perda na linguagem, na capacidade de concentração e nas habilidades manuais, que vão sendo esquecidas.
O médico disse que, como forma de atrasar o desenvolvimento de sintomas cognitivos em idosos saudáveis, tem sido sugerida a realização de exercício físico e mental e uma dieta equilibrada. “Essas ações são recomendadas, embora não existam evidências conclusivas em relação a eventuais benefícios”, ressalta.
E orienta: aos primeiros sinais do Alzheimer, um especialista (neurologista, geriatra, psiquiatra) deve ser procurado para que o tratamento seja iniciado imediatamente, com o intuito de garantir mais qualidade de vida ao paciente.
Saiba Mais – Dia 21 de setembro é considerado o Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença de Alzheimer. Segundo dados do último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizado em conjunto com a Alzheimer’s Disease International, estima-se que 35,5 milhões de pessoas no mundo tenham a doença, e em 2030 esse número pode chegar a 65,7 milhões.
Conheça alguns sintomas iniciais do Alzheimer. Esses indícios devem ser observados mesmo que ache que se tratam de ocorrências normais. São eles:
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