Por Clarice Poltronieri
Sexta-feira 13… Uma data tão assustadora que virou até nome de filme de terror. E para algumas pessoas, a data continua tendo um quê de mistério e é motivo de cuidados.
Pytter Bacelette, morador de Manguinhos, é uma dessas pessoas e nesse dia tem muita cautela. “Cresci ouvindo histórias a respeito, então sou meio grilado. Em dias normais, passar perto de escadas e de gato preto é indiferente para mim, mas na sexta-feira treze fico mais atento. Se vejo um deles, volto pra casa correndo, pois acredito no poder da mente fazer as coisas acontecerem. Nesse dia medito no meu quarto para evitar as energias negativas até a meia-noite. Balada nem pensar. Para me proteger, uso o filtro dos sonhos e alguns cordões com cristais e pedras, feitos por mim mesmo”, relata.
“Eu acho que mais que supersticiosa, sou ritualística. Na sexta feira 13 evito algumas coisas, não passo embaixo de escada e evito o número treze. Tenho convicção racional de que isso é uma bobagem, mas nesta data fico mais atenta. Se vou pegar um ônibus que tem 13, espero outro; se o andar do prédio for 13, vou de escada”, diz Sílvia Gonçalves, de Jardim Limoeiro.
Para a astróloga Ohana Nery, de Laranjeiras, a crença vem das relações das culturas com o mistério. “O número 12 tem uma relação de completude, é como se fosse uma combinação perfeita em várias culturas. Foram 12 trabalhos de Hércules, 12 discípulos de Jesus, 12 signos do zodíaco, 12 meses no ano, etc. Com isso, o treze fica como se fosse algo oculto, indesejado e fica um clima de medo com relação a ele”, explica.
Para ela, a maior popularização da data como um dia ‘assustador’ veio do cinema. “Apesar das crendices antigas, o que popularizou o medo foi o filme Sexta-Feira Treze. E o Brasil é um país muito supersticioso, pois tem uma mistura de crenças do conhecimento popular. Para supersticiosos, recomendo que façam suas práticas de oração, pedindo que revele o que está imperfeito, o que precisa ser eliminado”.
