Ana Paula Bonelli
O uso do smartphone em sala de aula é proibido na maioria das escolas. Mas na Serra, numa escola municipal de São Marcos, o aparelho virou ferramenta de aprendizagem nas mãos de alunos e professores para ajudar e dinamizar o ensino.
A experiência acontece na Escola Municipal Hebert de Souza, e a ideia veio dos professores, Adriano Rui, de matemática e Tatiano Antônio Gomes, de Educação Física. A pedagoga Patrícia Duarte Coutinho também é apoiadora da iniciativa, assim como o diretor Vagner de Oliveira.
O projeto Tecnologia dos Jogos Lúdicos no Processo da Aprendizagem se iniciou em julho e continua sendo realizado durante o mês de agosto no turno matutino para alunos do 6º ao 9º ano com idade entre 10 e 14 anos.
“O Tatiano, professor de educação física, sugeriu o uso do jogo online onde os alunos trabalham a disciplina de matemática. Usamos um aplicativo de jogo de dama, que parece simples, mas os estudantes puderam trabalhar com estratégia, posição, respeito de regras e o respeito a opinião do grupo”, conta Adriano, que leciona matemática.
Adriano disse ainda que inspirado no tradicional jogo de tabuleiro, os alunos fizeram um jogo humano de damas. “Fizemos um tapete da dama e aliamos a tecnologia com o lúdico. Houve um campeonato inter-salas com todo o turno matutino. Pretendemos continuar usando esta tecnologia para alavancar o interesse dos estudantes e já estamos colhendo resultados. Também usamos jogos educacionais e matemáticos e tem ajudado muito no aprendizado, pois os alunos se interessam mais”, destaca Adriano.
Aluno do 6º ano, Ítalo Nunes Azevedo aprovou o projeto. “Aprendemos a usar mais a cabeça. Utilizamos muitas estratégias. E passamos a entender melhor a importância do trabalho em grupo”, conta o estudante de 12 anos.
Para a pedagoga Patrícia o objetivo é utilizar a ferramenta da tecnologia a favor do aprendizado. “Temos indicativos de que a iniciativa está dando certo. Os alunos estão interessados. Estamos inovando, motivando e aliando o ensino a tecnologia e aproximando os estudantes cada vez mais. A partir do jogo, fomos ampliando os conhecimentos da matemática e pretendemos usar o celular em outras áreas também. Não estamos deixando os alunos usarem o celular desordenamente. É tudo controlado e aplicado de acordo com a disciplina e o objetivo a ser alcançado”, detalha Patrícia frisando que o uso de redes sociais não é permitido. “O uso do celular é permitido desde que seja de forma pedagógica”, frisa.
Kevin da Silva Rocha, que tem 14 anos e esta cursando o 9º ano gostou muito da ideia. “O projeto incentivou a gente a se interessar mais pelos estudos”, conclui a adolescente.