Empresários mineiros investiram R$ 2 milhões na compra de uma usina de reciclagem de resíduos da construção civil, localizada às margens da Rodovia do Contorno, na Serra. A empreitada é uma aposta nas oportunidades surgidas a partir da destinação adequada de resíduos sólidos, prevista em lei.
Os primos Douglas e Camilla Mol são os novos gestores da Ureserra, que recebe rejeitos oriundos de obras e de demolições e os transforma em matéria-prima para construção, como brita, solo brita, areia industrial, granilha e pó de pedra. E eles pretendem triplicar a produção.
Por dia, a usina recebe cerca de 50 caçambas de entulho e produz, em média, 400 toneladas de material reciclado. “Nossa expectativa é passar a produzir, por dia, 1200 toneladas de material, que passa por testes em laboratório e tem qualidade certificada para ser utilizado em obras”, comentou Douglas Mol, novo diretor da usina.
Além de ser uma grande vantagem para a natureza, pois a destinação de entulhos é hoje um desafio dentro das cidades, a reciclagem de resíduos da construção civil é uma alternativa para economizar, uma vez que os materiais reciclados são vendidos com preços no mínimo 30% mais baixos do que os produtos in natura.
“Quem faz obra em casa ou em empresa e contrata um caçambeiro para descartar os entulhos é responsável pela destinação que será dada a eles. Se o profissional contratado for flagrado descartando-os inadequadamente, ele é penalizado, e o contratante, responsável pela origem dos rejeitos, também é responsabilizado”, explicou Camilla, que assumiu a administração da usina.
Na Ureserra, caçambeiros e empresas que levam para lá os entulhos recebem certificado que comprova o descarte correto.