De janeiro até os dias atuais, o consumidor já sentiu no bolso com dois relevantes aumentos na conta de luz. Primeiro a fixação da bandeira tarifária vermelha, depois o reajuste da EDP Escelsa em 23,62%. Além do racionamento e uso consciente, existem saídas para pagar menos, como a utilização de energia solar e lâmpadas mais econômicas.
Na Serra, a empresa Solágua Aquecimento Solar e Serviços, localizada em Alterosa, vende para todo o Brasil. Ela fabrica coletores solares para aquecimento de água que podem reduzir o consumo de energia. O diretor comercial, André Guidi, disse que um coletor chega a durar duas décadas. “Mesmo com a crise econômica, o mercado tem boa saída, principalmente com a fatura de energia em alta”, conta.
Um morador de Cidade Continental, o eletrotécnico Dinaldo Rosário dos Santos, reduziu sua conta pela metade desde que instalou dez placas fotovoltaicas e um aquecedor que utiliza o sol como fonte de energia. “Toda a energia consumida na minha casa é gerada pelo sol. Só a noite que eu recebo energia da concessionária”, afirmou.
O investimento de Santos foi alto, cerca de R$ 25 mil, mas dá para gastar bem menos para usufruir dos benefícios do sol. A ideia do aquecedor solar descartável é um exemplo simples e viável. O projeto é do técnico em eletromecânica aposentado José Alano, de Santa Catarina, e tem preço de montagem em torno de R$ 350, que utiliza caixas de leite e mangueiras, num sistema bem artesanal de tubulações e reservatória que deixam a água com até 55° C.
Também há a opção de substituir alguns itens, como as lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes e, mais recentemente, as de LED, cujo investimento inicial pode ser cinco vezes mais do que uma comum, mas que gastam um décimo da energia, conforme o gerente da Unidade de Acesso à Inovação e Tecnologia do Sebrae ES, Mário Barradas.