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Spitz Alemão: especialista ensina a cuidar dos cães queridinhos do momento

Eles são lindos, peludos, fofos e viraram os queridinhos dos apaixonados por cachorros, principalmente de quem mora em apartamento. Os spitzes alemães são cães fáceis de cuidar, mas é preciso ficar atento a detalhes que podem prejudicar a saúde do pet e o bem-estar da família.

O mestre em grooming Adriano Afonso, proprietário da rede Magic Dogs, trabalha há 23 anos com estética animal e, há 11 anos, vem se especializando nos cuidados com spitzes. Ele destaca que um dos atrativos da raça é que não costuma deixar mau cheiro na casa.

“O pelo poroso do spitz faz com que ele absorva o cheiro do ambiente. Em uma casa limpa, ele vai absorver o odor agradável, o perfume do dono… Em contrapartida, se ficar em um restaurante ou se o dono for fumante, o cachorro tende a ficar com cheiro de gordura ou cigarro”, comentou.

O fato de, geralmente, não exalarem cheiro ruim permite, inclusive, que o banho do spitz seja quinzenal e até mensal. “Não tem necessidade nem é recomendado dar banho toda semana. Já a escovação deve ser feita três vezes por semana, porque ela estimula o crescimento e a saúde do pelo. Escovar o animal com frequência também evita que caiam pelos pela casa, uma vez que os fios mortos sairão na escova”, disse o groomer.

Adriano explicou que essa raça troca de pelo o ano inteiro, mas que há as trocas sazonais, que ocorrem no início da primavera e no início do inverno.

“Não há necessidade de tosar o spitz, mas, caso o dono queira, a primeira tosa deve ser após um ano de idade. Já a tosa higiênica deve ser feita com frequência, para aparar, principalmente, o pelo das patas e da barriga, regiões em que o cachorro precisa ter sensibilidade, pois através delas é feita a troca de temperatura com o ambiente. Se o animal estiver se mordendo nessas áreas, é porque está tentando tirar o pelo. As unhas também devem ser cortadas com frequência, porque podem interferir até na coluna do cão”, explicou Adriano.

Outra característica da raça é que, por ser primitiva, tem audição seletiva e pode se tornar dominadora, se não reconhecer desde cedo que há uma voz de comando em casa.

“O spitz é dócil e amigo do dono, mas, se perceber que está no controle, tende a desobedecer, vai querer morder as crianças e incomodar as visitas, por exemplo. Eles têm muita energia, o que já enseja uma outra orientação, que é para não deixá-los sobre camas e sofás, por exemplo, porque eles vão querer pular, o que não é recomendado, devido à anatomia frágil que possuem”, orientou.

Os spitzes têm predisposição para o surgimento da lágrima ácida, que pode piorar de acordo com a alimentação. “É importante dar a eles ração premium ou superpremium, que possuem proteínas de alta qualidade”, indicou.

Outra orientação é com relação aos dentes do animal, para que fiquem livres de tártaro.

“É comum acumular tártaro no dente do Spitz, o que, além de deixar a boca do animal fedendo, é capaz de corroer a mandíbula e transmitir bactérias que fazem mal à saúde dele. Dar petiscos e escovar os dentes do cachorro com uma pasta enzimática são medidas que ajudam a eliminar o tártaro”, sugeriu o especialista.

Curiosidades

Existem três padrões populares de Spitz.

O foxface lembra uma raposa, com focinho mais comprido, orelhas maiores e patinhas com menos pelos. Por ser o padrão mais primitivo, próximo da origem, tende a ser mais resistente e dificilmente apresenta problemas de saúde.

O babyface é o padrão mais desejado pelos tutores. É aquele que tem o focinho bem curto, orelhas pequenas e patas muito peludas. O problema é que, para o criador chegar a esse padrão, costuma fazer cruzamentos da mesma linha de sangue, o que deixa a genética fraca, aumentando a incidência de problemas como luxação de patela, colapso de traqueia e alopécia.

O tedface é aquele spitz mais robusto, mais cabeçudo, do focinho mais largo e com uma pelagem bem exuberante.

Dificilmente apresenta problemas de saúde, porque não costuma ser cruzamento de gene recessivo. É o Spitz ideal.

Redação Jornal Tempo Novo

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