Nem bem a Câmara dos Deputados elegeu os primeiros 39 nomes que comporão a Comissão Especial para analisar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), o Supremo Tribunal Federal (STF) já suspendeu a sua formação, por meio de liminar assinada pelo ministro Luiz Edson Fachin. Ao todo serão escolhidos 65 nomes, que ainda serão indicados pelos partidos.
Fachin quer que os trabalhos sejam suspensos, alegando que os deputados podem realizar atos que possam ser posteriormente invalidados pela Suprema Corte. A suspensão pode prosseguir até a próxima quarta-feira (16), quando os ministros devem analisar o caso.
O capixaba Lelo Coimbra (PMDB) é o único capixaba a compor a comissão. Em sua rede social ele explicou que vem defendendo o afastamento da presidente desde março, por entender que ela já não reúne diversos elementos que a permitam continuar na condução do país. “É importante que este momento político passe o quanto antes e que o Congresso se decida sobre esse processo o mais rápido possível”, disse o parlamentar.
A comissão que analisará o processo foi eleita com 272 votos, contra 199. A partir da sua formação, vai analisar o processo de impeachment, elaborar um relatório que será votado em plenário. Os 12 partidos que não tiveram indicações na chapa vencedora serão convocados a apresentar nomes para completar as vagas. São eles: PT, PDT, PRB, PROS, PC do B, PSOL, PV, PMN, PTN, Rede, PTC, PT do B. No total, são 26 vagas que ainda devem ser preenchidas.