Um tamanduá foi encontrado na manhã deste domingo (24) dentro do condomínio Viva La Costa, localizado em São Patrício, região de Jacaraípe, na Serra. O animal estava escondido em uma escada e foi resgatado pela equipe da Secretaria de Meio Ambiente da Serra que foi acionada pelos moradores do edifício.
De acordo com informações de um fiscal que participou do resgate, o animal estava assustado, mas o resgate foi realizado com tranquilidade.
Por estar sadio, após o resgate, o animal passou por exames e foi liberado sadio, próximo da Lagoa do Juara.
O tamanduá adulto da espécie Tamandua tetradactyla, conhecido popularmente como tamanduá-mirim ou tamanduá de colete, estava sadio. De acordo com o biólogo Cláudio Santiago, ele é um mamífero de pequena estatura. “Este é um adulto, ele é pequeno mesmo, por isso o nome tamanduá-mirim”.
Cláudio disse ainda que o animal tem ocorrência em todo o território nacional e não está em nenhuma lista de espécie ameaçada, mas é um animal que infelizmente é predado para alimentação em alguns lugares e é muito atropelado em estradas.
Tudo sobre o tamanduá-mirim
Santiago também disse que o tamanduá-mirim é inofensivo e contou mais sobre a espécie. “Eles fazem toca em pedaço oco de árvore para descansar, em toca de tatu desabitada ou em alguma cavidade natural que eles encontrem. Se alimentam de cupim e formiga e podem se alimentar tanto no chão quanto nas árvores, pois é um bicho terrestre arborícola, ou seja, ele se dá bem nos dois ambientes com bastante desenvoltura. Vive escalando árvores e tudo mais”, especifica.
Um tamanduá-mirim adulto pode chegar a 60 centímetros. “Eles chegam na faixa de 7 quilos e outro aspecto interessante deste animal é que ele bota um filhotinho a cada gestação e o carrega nas costas. Em média pode viver uns 14 anos. Ele habita floresta, matinhas menores e até mangues já ouvi dizer que ele foi encontrado, é mais pela temperatura, ele não gosta de regiões muito frias. Quando ele se sente ameaçado ele fica nas duas perninhas de trás e abre os dois bracinhos e fica com eles abertos, quando a ameaça chega perto ele fecha os braços rapidamente”.
Os tamanduás também não têm diferença de macho e fêmea a olho nu. “É o que a gente chama dimorfismo sexual, eles não apresentam dimorfismo, então macho e fêmea são muito parecidos. Para saber o sexo, é necessário ver a região genital para saber quem é quem”, explica.
Por fim, Cláudio pontua que a população deste animal está em declínio no Brasil. “Principalmente por conta da pressão da população e perda de habitat, seja por principalmente incêndios, atividade agrária, caça para consumo e pele, desmatamento, como também pela malha viária por conta de atropelamento”.