Um tamanduá mirim foi resgatado no bairro José de Anchieta, na Serra, na noite da última sexta-feira (10).
Segundo moradores da região conhecida como Solar de Anchieta III, um Guarda Municipal que estava de folga avistou o tamanduá no meio da rua perdido e o resgatou entregando para a secretaria de Meio Ambiente da Serra.
Segundo o Auditor Fiscal de Atividades Urbanas de Meio Ambiente, Ronaldo Freire, que participou da soltura do animal trata-se de um macho saudável.
“Hoje pela manhã levamos o animal para uma avaliação do veterinário do Centro de Triagem de Animal Silvestre – CETAS e estava em ótimas condições. Realizamos a soltura na Área de Proteção Ambiental do Mestre Álvaro neste sábado (11) pela manhã”.
O biólogo Cláudio Santiago, disse que o tamanduá é da espécie Tamandua tetradactyla, conhecido popularmente como tamanduá-mirim ou tamanduá de colete. É um mamífero de pequena estatura.
Cláudio disse ainda que o animal tem ocorrência em todo o território nacional e não está em nenhuma lista de espécie ameaçada, mas é um animal que infelizmente é predado para alimentação em alguns lugares e é muito atropelado em estradas. “Trabalhei no Pará e no Amazonas e a gente vê por lá muito tamanduá atropelado, mas é muito mesmo. Chega dar uma angústia, isso acontece porque eles são muito lentos”, destaca o biólogo.
Santiago também disse que o tamanduá-mirim é inofensivo e contou mais sobre a espécie. “Eles fazem toca em pedaço oco de árvore para descansar, em toca de tatu desabitada ou em alguma cavidade natural que eles encontrem. Se alimentam de cupim e formiga e podem se alimentar tanto no chão quanto nas árvores, pois é um bicho terrestre arborícola, ou seja, ele se dá bem nos dois ambientes com bastante desenvoltura. Vive escalando árvores e tudo mais”, especifica.
Um tamanduá-mirim adulto pode chegar a 60 centímetros. “Eles chegam na faixa de 7 quilos e outro aspecto interessante deste animal é que ele bota um filhotinho a cada gestação e o carrega nas costas. Em média pode viver uns 14 anos. Ele habita floresta, matinhas menores e até mangues já ouvi dizer que ele foi encontrado, é mais pela temperatura, ele não gosta de regiões muito frias. Quando ele se sente ameaçado ele fica nas duas perninhas de trás e abre os dois bracinhos e fica com eles abertos, quando a ameaça chega perto ele fecha os braços rapidamente”.
Os tamanduás também não têm diferença de macho e fêmea a olho nu. “É o que a gente chama dimorfismo sexual, eles não apresentam dimorfismo, então macho e fêmea são muito parecidos. Para saber o sexo, é necessário ver a região genital para saber quem é quem”, explica.
Por fim, Cláudio pontua que a população deste animal está em declínio no Brasil. “Principalmente por conta da pressão da população e perda de habitat, seja por principalmente incêndios, atividade agrária, caça para consumo e pele, desmatamento, como também pela malha viária por conta de atropelamento”.
O prefeito Weverson Meireles (ao centro da foto) na inauguração do novo centro de distribuição do Mercado Livre na Serra.…
Os bandidos decretaram toque de recolher em bairro após policiais matarem criminoso na Serra. Crédito: Divulgação Um confronto armado entre…
A apresentação do plano que irá definir estratégias econômicas diante da reforma tributária brasileira, aconteceu na segunda-feira (24) no Palácio…
O Carnaval é uma época de muita alegria. Mas, em meio a tanta animação, é importante lembrar que cuidar da…
Além do ensaio, o bloco Ratazanas será o responsável pela abertura oficial do Carnaval 2025 de Jacaraípe, junto com o…