FRANCISCO LIMA NETO
Um técnico de enfermagem de 34 anos foi preso em flagrante suspeito de estupro de vulnerável contra um paciente de 22 anos na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Dona Maria Antonieta Ferreira de Barros, no Grajaú, zona sul de São Paulo.
O crime ocorreu na tarde de 17 de dezembro, segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), e foi registrado pelo 101º DP. Os detalhes serão preservados por se tratar de caso de abuso sexual.
O nome do suspeito não foi divulgado, e a Polícia Civil não informou se ele já apresentou advogado.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde afirmou que repudia e lamenta o fato ocorrido na UPA, que é administrada pela OSS (Organização Social de Saúde) ASF (Associação Saúde da Família).
“Logo que tomou conhecimento da denúncia, em 18 de dezembro de 2022, a OSS instaurou uma sindicância para apurar os fatos e acionou a autoridade policial da região. O profissional citado teve seu contrato de trabalho suspenso”, informou a secretaria.
A pasta afirmou que determinou à OSS máximo rigor na apuração e que colabore com a investigação policial. De acordo com a secretaria, o paciente e seus familiares foram acolhidos pela equipe da UPA, que segue à disposição.
O Coren-SP informou que abriu sindicância para investigar o abuso sexual atribuído ao profissional de enfermagem na UPA.
“A apuração seguirá sob sigilo processual e, após a averiguação dos fatos, se forem constatados indícios de infração ética, será instaurado um processo ético-profissional”, informou.
O suspeito terá garantido o seu direito de defesa, afirma o órgão. Caso confirmada a infração, as penalidades previstas na Lei 5.905/73, segundo o Coren-SP, são advertência, multa, censura, suspensão temporária do exercício profissional ou cassação do exercício profissional pelo Conselho Federal de Enfermagem.
Anestesista
Nesta segunda (16), outro caso de estupro em unidades de saúde chamou atenção no Rio de Janeiro. O médico anestesista Andres Eduardo Oñate Carrillo, 32, foi preso suspeito de estupro de vulnerável. De acordo com a investigação, o colombiano teria violentado sexualmente pacientes sedadas dentro de hospitais públicos do Rio.
Foi o segundo caso na cidade em menos de um ano: em julho de 2022, o médico Giovanni Quintella Bezerra, 31, foi preso em flagrante, e imagens de abusos cometidos por ele chocaram o país.