Na reta final do ano o prefeito Audifax prepara a Prefeitura para investir R$ 400 milhões na Serra em 2019. Nessa entrevista o prefeito elenca as principais obras que a cidade deve receber e afirma que quer estar mais próximo do setor produtivo visando à atração de empresas e geração de emprego no município. Além disso, Audifax revela que fará mudanças em sete secretarias e nega a existência de um racha político com o deputado estadual Bruno Lamas. Sobre seu futuro partidário, o prefeito é dúbio: defende a fusão da Rede com o PPS, mas disse que pode não ficar no partido.
Prefeito, como avalia o ano de 2018?
A arrecadação desse ano, em termos reais será igual ao de 2008, porém com uma população de 120 mil habitantes a mais. É um desafio, e apesar disso, estamos terminando muito bem, graças a Deus. Entregamos muitas obras, creches, começamos algumas pavimentações importantes; alguma obra de infraestrutura importante, como por exemplo, a obra da rotatória. Registramos queda de homicídios enorme e fui premiado nessa reta final do ano, com uma notícia: a Serra é a cidade mais transparente do Brasil. Isso é bom para a gestão e reflete na população. É sinal de que estamos no caminho certo. É uma demonstração pública em nível de Brasil de que o caminho que estamos trilhando é o melhor para a cidade. Estamos com contas em dia, os pagamentos certinhos.
E para 2019, o que a Serra pode esperar da Prefeitura?
Temos uma perspectiva inédita de investir R$ 400 milhões na Serra; é um negócio extraordinário; acho pouco provável no Brasil, não é nem no Espírito Santo, de ter um município com destinação de R$ 400 milhões para investimento. Serão obras importantes como a Rotatória do Ó, o Hospital Materno Infantil, a UPA de Castelândia, vamos informatizar o sistema de saúde para diminuir filas nas unidades de saúde, ampliação do Parque da Cidade, pavimentar mais de 15 bairros, 13 creches, vamos entregar mais de 2 mil escrituras, entre outras.
O senhor tem outro desafio: como trazer mais investimentos privados e gerar mais empregos na cidade, já que o desemprego é um grande problema na atualidade?
A questão do desemprego no Brasil é maior que a prefeitura, está em todo o país. Lógico que eu como prefeito tenho que criar melhorias para trazer mais emprego. Estamos ai com as dez ações para desburocratizar a máquina pública e facilitar a vinda de empresas para a cidade.Pretendo também no início do ano que vem melhorar a porta de entrada das empresas promovendo mudanças na Secretaria de Desenvolvimento Urbano, com mais agilidade e eficiência, avançando na informatização, e na estrutura com pessoal, para atrair mais empresas. E eu, particularmente quero estar mais próximo do setor produtivo. O que é isso? Eu mesmo ligar para as grandes empresas do Brasil para atrair elas para a cidade, oferecendo as melhores condições de instalação. Vamos mudar os incentivos fiscais, para fazer com que a cidade seja mais atraente. Além disso, com as obras citadas vamos melhorar a infraestrutura do município que com certeza vai trazer mais empresas.
O senhor entra agora na reta final de dois mandatos seguidos como prefeito da Serra. Qual marca quer deixar no município?
A marca de bom gestor que visa os resultados, de eficiência, de eficácia, de economia é importante para a cidade; a sociedade clama por isso, e espero deixar essa marca. Com esse prêmio que a gente ganhou, já dá uma boa base para isso. Agora nós vamos deixar também algumas marcas importantes do ponto de vista da saúde; com a entrega do Hospital Infantil, que é uma obra fenomenal. Dentro da educação a construção de mais 13 super creches, que será um marco dentro da educação. Na infraestrutura obras como a Rotatória do Ó, Rotatória de Maringá e do Contorno do Mestre Álvaro. Eu conseguindo fazer essas obras entendo que será uma marca da gestão.
O senhor anunciou que vai trocar parte do seu secretariado. Pode adiantar quem entra e quem sai e os motivos e objetivos dessas mudanças?
A gente precisa encarar isso com naturalidade, faz parte da gestão, oxigenar a máquina é importante. A gestão está terminando bem? Está, mas a ideia é melhorar ainda. Não é nada político, nada pessoal.Vamos trazer para a Defesa Social, o Nylton Rodrigues; na Educação o Gelson Junquilho; e o José Eduardo Azevedo no Desenvolvimento.Todos já trabalharam comigo, são pessoas que têm uma experiência enorme. Agradeço aos secretários que estavam e que deram a sua contribuição, importante registrar isso. Estou trazendo para área de Emprego e Renda o professor Roberto Carlos. Além dessas quatro, mais três secretarias serão anunciadas.
Como imagina que será a relação com as outras esferas de Poder, Estado e União?
Tenho uma expectativa positiva; torço para o Governo, tanto do Casagrande quanto do Bolsonaro darem certo. O que depender de mim como prefeito vou contribuir, porque é importante para a população.
Especulações dão conta de uma tensão política entre o senhor e o deputado Bruno Lamas, isso procede?
Não. Eu agradeço ao Bruno, é importante para a cidade; um jovem e talentoso deputado estadual, que tem ajudado a cidade. Colaborou muito nesse tempo todo para o município e eu tenho certeza de que vai continuar colaborando. Então é sério, é honesto, é trabalhador. Tenho certeza de que a relação política, a relação pessoal, ela vai aumentar e vai crescer cada vez mais.
Como ficará a sua questão partidária? Já tem isso definido ou está estudando?
Em janeiro a Rede vai ter a convenção nacional, onde vai ser discutida a fusão. A probabilidade de fundir com o PPS é enorme, e eu até fiz por escrito a defesa disso. Mas isso não significa que eu vá para o PPS. Vai continuar o número 23, mas vai mudar o nome. Vou defendera fusão porque entendo que o partido precisa continuar existindo. Então para quem tem mandato na mão é fundamental. Agora não significa que eu, Audifax, irei para o PPS. Se tivesse outra possibilidade e o partido juntar com outros eu até ia ter essa discussão, mas não existe. O partido só tem uma possibilidade, que é o PPS. Entre não existir e ficar com o PPS eu sou pelo PPS. Agora eu quero conversar, principalmente com o PPS aqui do Estado, sobre isso. Pode ser que eu vá e pode ser que eu não vá. Não significa a minha ida, mas eu defendo que se junte.
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