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Terminais vazios e trânsito intenso: efeitos da paralisação do Transcol na Serra

Usuário espera em vão ônibus no Terminal de Carapina. Foto: Bruno Lyra

Cem por cento sem ônibus. Essa é a situação que os serranos e os demais moradores da Grande Vitória enfrentam nesta manhã de segunda – feira (09) por conta da paralisação dos rodoviários.

Se por um lado as ruas estão sem os coletivos, muita gente pôs o carro na rua. O trânsito está  intenso nas duas principais ligações da Serra com Vitória, a BR 101 e a Norte x Sul. Principalmente no sentido em direção à capital.

Por volta das 9h e 30 os terminais de Carapina e Laranjeiras estavam vazios. Só não estavam completamente desertos pela presença de alguns rodoviários, funcionários da segurança e alguns passageiros que tinham chegado de carona e, esperançosos, aguardavam o retorno ao trabalho de alguns rodoviários.

Caso da moradora de Eldorado, Elcina das Graças, no terminal de Laranjeiras. “Vim de carona estou aqui desde às 6h e 30. Eu esperava que conseguiria ir para o trabalho, pois em outras greves sempre ficava uma frota reduzida. Agora estou tentando arranjar outra carona para voltar para casa”.

A greve também pegou em cheio o comércio dos terminais. Os poucos que abriram ficaram sem vender nada. Foi o que aconteceu com uma pastelaria no terminal de Laranjeiras. “Não vendemos nem 1% do que é esperado em dias normais. Estamos ociosos”, disse.

Dono de uma farmácia que funciona no mesmo terminal, Mateus Vieira disse que só abriu o estabelecimento hoje para organizar a loja. “Quando terminarmos vou fechar pois não tem sentido funcionar num dia sem ônibus. É zero de venda”, frisa.

No entanto a situação pode ser boa em outra loja que Mateus possui, esta em Nova Almeida. “Quando tem greve de ônibus morador da região deixa de procurar centros maiores como Laranjeiras e compra mais no comércio local”, destaca.

 

Plano de saúde  

 Um rodoviário que estava no terminal de Laranjeiras, sob a condição de não ter o nome divulgado, disse que a greve foi motivada por problema relacionado ao plano de saúde. “Hoje só podemos optar pela Unimed que é um plano caro para a maioria dos trabalhadores. Queremos ter a opção de usar também o plano da Samp, que inclusive já ofereceu proposta viável para nós. Tínhamos esse plano no passado, mas ele foi cancelado”, relata.

Ontem a Justiça havia determinado que pelo menos 70% da frota circulasse nesta segunda e estabeleceu multa de R$ 30 mil caso a medida não fosse cumprida pelo Sindicato dos Rodoviários.  

Redação Jornal Tempo Novo

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