Desde antiguidade, povos que não mais nômades, organizaram povoados. Ou seja, conjunto de atividades capazes de garantir água e produção de alimentos, e relações de convívio e proteção mútua.
De povoado a vila, quer dizer, já num novo patamar de aglomeração com distintas ocupações produtivas e comerciais. E de vila à complexa e dependente rede de micro-relações, a cidade.
Antigas civilizações, egípcia, grega ou romana, se valeram desse fenômeno para se estabelecerem. Cidade pode ser definida como lugar onde o indivíduo adquire cidadania: com regramentos, obrigações & direitos, combinados, reconhecidos, tratados e convencionados em leis. E que transformam a existência de mero indivíduo em cidadão.
É na simbiose das relações citadinas (da cidade) que nascem as culturas: modos de vida, valores, filosofia, destaque dos aspectos ambientais, influências climáticas e naturais, vocações e talentos.
Cultura é esse conjunto de formas que se conservam e se perpetuam por gerações. E que distingue o falar, produzir, a culinária, modo de vestir-se, de expressar beleza, talento artístico, memória, etc.
Povos e nações, regiões e gerações, cultivaram e desenvolvem peculiares maneiras de conduzir vidas e relações, tornando-as unidades culturais distintas e reconhecidas.
De igual modo, foram as falhas eventuais, das micro e macro relações humanas nas sociedades, donde advieram necessidades de controle, julgo e gestão dos ambientes públicos.
Daí nasce a política: a administração da Polis (a cidade grega). Política é antes, meio e sistema para gerenciamento da cidade e suas complexas e interdependentes relações. E a fazer funcionar. Primeiro no trato do espaço público. E público é o que é comuns a todos, sem pertencimento exclusivo.
Segundo na promoção da cidadania, garantindo serviços essenciais à dinâmica da economia e do bem-estar social. Além de dirimir dúvidas, quando há partes em conflito. Política e cultura, duas faces da mesma cidade.