Caio Dias
Todo mês são produzidas 60 toneladas de lixo hospitalar na Serra. É um tipo de material perigoso por conta do risco de contaminação e não pode ser coletado e nem armazenado junto com o lixo comum. Por isso o recolhimento é feito por um caminhão especial, de responsabilidade de uma empresa que ganhou uma concessão da Prefeitura.
Depois de recolhidos, os resíduos são levados até o aterro sanitário Marca Ambiental em Cariacica, conta a engenharia sanitarista da Secretaria Municipal de Serviços, Vergínia Januário. “O caminhão recolhe o lixo hospitalar, de toda rede pública de saúde da cidade e também particular, inclusive clínicas. Para isto basta que os gestores de cada hospital ou clínica privada se cadastre. Não há cobrança de taxa para este tipo de coleta”, revela.
Vergínia ainda lembra que a Prefeitura cumpre a norma 306, de 2004 da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que proíbe a coleta de resíduos químicos e radioativos, que são de responsabilidade de cada instituição, caso produza.
“Os lixos hospitalares recolhidos gratuitamente pelo município são os do Grupo A, que é a categoria mais perigosa, pois pode conter a presença de agentes biológicos, que possuem riscos de infecção. São eles, por exemplo: placas e lâminas de laboratório, bolsas de sangue, vacinas, restos de órgãos”, detalha a sanitarista.
Mesmo com a facilidade de acesso ao serviço, há quem não cumpre a lei e coloca a saúde da população em risco. Só este ano, a fiscalização do município recebeu denúncia de descarte irregular de lixo hospitalar. Uma em Valparaíso, a segunda na avenida Audifax Barcelos e uma terceira em frente ao cemitério Jardim da Paz. A multa varia de acordo com a quantidade descartada e varia de R$ 10 mil e R$ 25 mil, segundo informação da assessoria de imprensa da prefeitura na Serra.