“Jeniffer é determinada, tem mente de campeã e agarrou as oportunidades para conseguir se destacar no jiu-jitsu”, disse Arlene Caetano dos Reis, mãe de Jeniffer Lauvrs, top 5 no ranking de jiu-jitsu no ES.
Com 34 medalhas no currículo aos 14 anos e inspirada na grande lutadora Gabrieli Pessanha, Jeniffer é a menina de ouro do jiu-jitsu na Serra, e somente em 2023 já faturou 4 ouros. A conquista mais recente, apesar de não ser dourada, ocorreu no início do mês, entre os dias 2 e 3 de setembro, no Rio de Janeiro.
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Pelas terras cariocas a morada de Planalto Serrano foi vice-campeã do Campeonato Kids Internacional 2023 após vencer duas lutas e perder a última por critérios de pontuação na categoria infanto-juvenil 2, para atletas de até 56,5 kg.
A competição foi realizada pela International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF) e, segundo Jeniffer, foi o terceiro torneio mais importante de sua carreira, atrás somente do campeonato brasileiro e do sul-americano. Presente no top 5 do ranking capixaba em sua categoria, a meta da atleta é de alcançar a premiação dos rankings das federações estaduais que ocorre no fim deste ano.
“Foi uma sensação de muita felicidade de conquistar a medalha de prata porque pela primeira vez cheguei na final de um evento de alto nível como foi no Rio de Janeiro. O foco agora é melhorar minha performance para a premiação dos rankings das federações estaduais”, disse Jeniffer.
O próximo desafio de Jennifer é a Copa Pepê Classic e já tem data marcada. A competição ocorre em Guarapari, entre os dias 23 e 24 de setembro, e vale pontuação para o ranking estadual.
Falta de investimento
Um dos dilemas do esporte brasileiro é a falta de investimento, e para Jeniffer a situação não é diferente. Mesmo com os bons resultados nos últimos três anos, a competidora da Serra ainda depende do apoio financeiro de familiares e treinadores para competir. Em conversa com o Tempo Novo, a mãe Arlene Caetano ressaltou que apoia a menina no esporte, mas que tem medo das frustações devido a ausência de suporte.
“Tenho orgulho da decisão da minha filha, mas a minha única preocupação é deixar ela frustrada, como ela ficou no brasileiro do ano passado que eu não consegui levar ela por falta de verba. Mas o maior incentivo dela sou eu, e quem sabe futuramente conseguimos mudar isso, porque o jiu-jitsu vem crescendo muito”, relatou a mãe.