Constantemente sendo alvo de multas e denúncias por lançamento de esgoto em mananciais sem devido tratamento, a Ambiental Serra/Cesan estão na mira da Prefeitura. Nesta semana, o Município anunciou que está contratando uma empresa que irá fiscalizar e monitorar os efluentes que são lançados pelas duas empresas, o objetivo é fiscalizar a qualidade do tratamento.
Para o TEMPO NOVO, a Prefeitura da Serra confirmou que publicou, nesta semana, no Diário Oficial dos Municípios, a licitação para a contratação desta empresa. De acordo com o Município, a empresa ficará responsável por fiscalizar os efluentes que são tratados nas Estações de Tratamento da Serra e lançados em córregos, lagoas e rios da cidade.
No entanto, a Prefeitura não detalhou sobre quais critérios serão considerados para avaliar a qualidade do tratamento e não definiu ações, caso haja comprovação de que o serviço está sendo mal executado.
Desde 2015, a Cesan firmou parceria público-privada com a Ambiental Serra. Mas a empresa é alvo de denúncias de moradores e lideranças políticas. Eles acusam a empresa de não investir no serviço de tratamento de esgoto da cidade e dessa forma, as bacias e micro bacias hidrográficas permanecem sofrendo com a poluição, já que os efluentes continuam sendo lançados nos mananciais sem o devido tratamento.
Para se ter uma ideia, no dia 17 de setembro, as poluidoras foram condenadas para pagar R$ 907 mil por ações que redundaram em poluição por esgoto não tratado no município. As multas foram mantidas pelo Conselho de Defesa do Meio Ambiente da Serra (Comdemas).
Em nota enviada para o TEMPO NOVO, a Secretaria de Meio Ambiente da Serra (Semma) disse que a empresa contratada irá auxiliar a pasta nas ações de fiscalização e multas e que isso irá contribuir na melhoria da qualidade dos recursos hídricos da Serra.
Ainda por meio de nota, a Prefeitura da Serra disse que efluentes lançados nos corpos hídricos da Serra podem ser gerados por diversas fontes, inclusive condomínios e empresas e o monitoramento irá contemplar todos esses segmentos.
A reportagem entrou em contato com a Ambiental Serra/Cesan, mas a empresa não quis se manifestar sobre o assunto.