Por Anderson Soares
O deputado estadual Sérgio Majeski (PSDB-ES) publicou um texto em sua página na rede social em que defende abertamente a presidenta Dilma (PT) de um possível impeachment.
Na postagem, o tucano capixaba faz alusão ao caso do ex-presidente Collor de Melo que teve seu mandato cassado e questiona conduta de políticos e partidos, caso fosse necessário julgar o que ele intitula como “cassação de Dilma”.
“As pessoas acreditavam que Collor e seu grupo formavam o grande problema do Brasil, era como se a cassação dele fosse redimir a nação de todos os males relacionados à corrupção. Collor foi cassado pelo Congresso Nacional, formado em grande parte por parlamentares que não tinham moral para acusar ninguém”, diz o texto postado pelo tucano.
Majeski ainda acrescentou em sua postagem, “muitos desses políticos se aproveitaram daquele momento para se juntar às vozes das multidões, como se fossem honestos e não tivessem envolvidos em vários esquemas tão podres quanto o que se referiu envolver o ex-presidente Collor de Melo”.
Sobre um possível impeachment de Dilma, Majeski afirma: “Ela não é a culpada maior pelo o que está ocorrendo no país, é ingenuidade ou desconhecimento acreditar nisso, e mesmo que Dilma seja cassada, quem assume o governo é o Michel Temer, o vice-presidente que é do PMDB, partido que tem vários caciques envolvidos até o pescoço com esquemas de corrupção, principalmente os presidentes da Câmara e do Senado”.
No texto ele questiona ainda a conduta de políticos que podem julgar impeachment da presidenta. “Um possível processo de cassação de Dilma tem que ser feito e votado pelo Congresso. Quantos partidos e parlamentares têm moral para tanto? Dos 81 senadores, 13 foram citados na lista de envolvidos no esquema da Petrobras (isso por enquanto). E sempre lembrando, os presidentes da Câmara e do Senado, ambos do PMDB de Michel Temer, estão na lista”.
O tucano finaliza seu escrito dizendo: “Cassar um bode expiatório é tudo que os corruptos e as quadrilhas de plantão precisam para continuar exatamente onde sempre estiveram. À medida que se repete à exaustão que Dilma é a grande vilã, perde-se cada vez mais a compreensão de que ela é apenas uma peça na gigantesca engrenagem da corrupção no Brasil. A história ensina, aprende quem quer”.