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Por Thiago Albuquerque
A insegurança que ronda no estado do Espírito Santo no mês de fevereiro por conta da grave da paralisação da Polícia Militar afetou muitos setores, um deles o bem estar, a prática de atividade física e o cuidado com a saúde. Sem policiamento as pessoas ficaram em casa e com isso não puderam exercer o direito simples de ir e vir.
Um grupo de amigos de Morada e Laranjeiras, habituados em caminhar na região e dar aquela corridinha ficou prejudicado com a situação.
Um deles é o corredor Amaury Castro. “Tive o celular roubado no início da greve da PM, estava saindo para correr no domingo, às 05h30. Na última terça (21) encontrei uma jovem chorando por volta das 19h que teve a bicicleta roubada. Estamos com um grupo e correndo sem relógio e celular, saindo mais cedo. Não tem polícia, iria chegar na corrida da Fortlev com 77 kg, e pelo contrário, engordei 4,5 kg esses dias”.
Outro praticante, Bruno Schissatti fala que estão indo em grupos de quatro pessoas. “Nosso trajeto é correr na pista de corrida até o posto policial de Manguinhos durante a semana, domingo saímos de manhã e fazemos trajetos por Laranjeiras, caixa d’água de Valparaíso, Cidade Continental , Bicanga, Manguinhos e retornamos para Laranjeiras, esse trajeto não fizemos por nove dias. A solução foi caminhar dentro de condomínio, usando esteira. Um dia tentamos sair e acabou gerando pânico”.
Bruno conta que corridas entre bairros estão suspensas, ainda não existe rotina, e todos estão se preparando para corrida da Fortlev. “Toda preparação foi perdida”, frisa ele.
Giancarlo Marçal fala da péssima experiência. “Foi bem ruim, parei com tudo de repente, só trancado em casa, estou voltando devagar até pegar o ritmo de novo”, acrescenta com um ditado popular. “Um olho no padre outro na missa, e se ficar só com medo, eles acabam ganhando”, conclui.
Para Sandro Lage, a situação de impotência é muito triste. “Fiquei sem praticar exercício físico, a academia não abria , todo ocorrido sobre a greve afetou não somente a mim, foi toda minha família, todas pessoas de bem, fui roubado do direito de ir e vir, de levar meus filhos na escola e correr com meus amigos, hoje saio mais com medo ainda”.