É uma doença ocular de grande incidência na rotina de felinos sendo causada por vários fatores etiológicos que vamos destacar nesse texto.
A doença consiste basicamente na lesão e inflamação das camadas da córnea, que é a estrutura mais externa dos olhos. A função da córnea é manter uma barreira protetora entre o olho e o meio ambiente, e fornecendo uma cobertura protetora do filme lacrimal pelas glândulas lacrimais.
Elas podem ser classificadas como superficiais ou profundas, dependendo do grau e do tempo do ferimento.
As superficiais costumam ser mais simples, pois com o tratamento a cicatrização tona-se normalmente mais rápida e causa menor incômodo (dor, sim! Elas são muito doloridas, por isso os gatos preservam o olho afetado deixando-o sempre fechado) aos animais. Muito importante destacar que uma lesão superficial pode evoluir para uma lesão profunda caso o animal coce frequentemente a região ou ocorra uma infecção secundária, ou mesmo ocorra uma demora em relação ao início do tratamento, sendo que a escolha do tratamento está diretamente relacionada com o grau de lesão.
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Diversos fatores podem ser responsáveis pela úlcera, sendo o mais comum as lesões externas, mas também vários fatores etiológicos podem provoca-la, tais como: infecções oculares (por vírus, fungos, bactérias e protozoários), corpos estranhos, queimaduras por alguma substância química (produtos tóxicos), deficiência na produção do filme lacrimal (ceratoconjuntivite seca), paralisia de nervo facial, cílios ectópicos (mal posicionados, virados para dentro da pálpebra), doenças primárias nas córneas, incapacidade de fechar as pálpebras por completo (entra poeira e outros agentes irritantes), tumores na face, entre outros.
Os principais sinais clínicos de úlcera de córnea são: dor intensa nos olhos (normalmente eles demostram mantendo os olhos sempre fechados), lacrimejamento frequente, fotofobia (sensibilidade à luz), piscar rápido e constante, miose (diminuição do tamanho da pupila), coçar e/ou esfregar os olhos regularmente (às vezes eles esfregam a face nos locais), edema ocular, opacidade da córnea, eritema (vermelhidão pela dilatação dos vasos), enoftalmia (retração do olho em relação a órbita ocular), e em casos mais crônicos e com infecção secundária, também é possível notar secreção com pus.
O tratamento dependerá da evolução do quadro clínico com a utilização de medicamentos específicos para cada caso. Normalmente o tratamento é prolongado e o uso do colar de elizabetano é fundamental para uma resposta completa.