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Uma eleição bem magrinha

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Por Eci Scardini

Os candidatos a prefeito e vereador terão um grande desafio nessa eleição, que é fazer campanha com pouco dinheiro ou sem mostrar todo o dinheiro que está sendo empregado na mesma. A lei eleitoral ficou muito rígida no que tange à captação e doação de recursos, bem como o gasto com a campanha.

Paralelo a isso, órgãos como Ministério Público Eleitoral, Justiça Eleitoral e Polícia Federal estarão ampliando e muito a fiscalização, e para isso, estimulam a sociedade e a imprensa a denunciarem abusos econômicos e uso da máquina pública na campanha, criando aplicativos que facilitam essas denúncias.

Tem tudo para ser uma eleição como nenhuma outra. Quem está gostando dessa nova regra são as empresas, principalmente as empreiteiras, terceirizadas e fornecedoras de produtos e serviços para o poder público, uma vez que a lei proíbe a doação de dinheiro de pessoas jurídicas. Os recursos para as campanhas só poderão vir de pessoas físicas, limitados a 10% do rendimento bruto declarado à Receita Federal pelo doador, relativo a 2015.

Na Serra um vereador pode gastar (oficialmente) em sua campanha no máximo R$ 99 mil. Se ele tiver lastro financeiro declarado no seu imposto de renda, ele pode arcar até com 50% desse valor, o restante tem que vir de doações de pessoas. Candidatos a prefeito podem declarar gastos de até R$ 1,2 milhão.

É aí que reside o grande desafio. Acostumados a fazerem campanhas nababescas, os candidatos a prefeito terão que se reinventar. Vão precisar fazer uma campanha barata em uma cidade de perfil sócio econômico relativamente baixo, onde conta muito mais o espetáculo da apresentação do candidato em detrimento das ideias e propostas. Isso sem contar que o tempo de campanha agora será só de 45 dias.

Os megacomitês, o batalhão de pessoas nos semáforos com bandeiras dos candidatos, a majestosa frota de carros plotados colocando gasolina em postos são coisas do passado. Assim como candidatos a vereador comprando cabos eleitorais, distribuindo gasolina, pagando boca de urna, ostentando campanhas às vezes maiores até de que alguns candidatos a prefeito.

Sob os holofotes da Justiça Eleitoral

Nos bastidores da política estadual, a cidade é tida como a que mais estará nos holofotes, dada a grande polarização entre Audifax (Rede) e Vidigal (PDT). É esperada uma ‘guerra campal’ a ser travada entre os dois. Um vencerá o outro. E é grande a expectativa para saber como essa vitória será alcançada.

Dado o ressentimento que um tem do outro, espera-se uma campanha brutal e recheada de denúncias de ambos os lados, principalmente de abuso de poder econômico e uso da máquina pública.

Mas também nos bastidores corre a conversa de que órgãos de fiscalização eleitoral escolheram a Serra como a cidade que mais deve receber atenção. É possível que, em pleno andamento da campanha, o sejam abertos procedimentos para apurar denúncias de irregularidades.
O equipamento mais perigoso nessa campanha será o telefone celular. Esse será o instrumento mais usado para gravar e flagrar possíveis crimes que serão enviados para o Ministério Público Eleitoral. Portanto, todos os candidatos e seus colaboradores mais próximos devem ter o máximo de cautela possível ao externar seus gastos, captar recursos e fazer reuniões com grupos maiores de pessoas.

Essa eleição será diferente das anteriores. A cidade estará mais livre do barulho dos carros de som e da poluição visual que os candidatos promovem. Por outro lado, os candidatos terão o desafio de fazer uma campanha teoricamente sem dinheiro e em menos tempo. Eles terão que conquistar votos através de relacionamentos, inteligência e oratória. E muita sola de sapato.

Comunicados – 24/03/2025 – 3ª edição

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