Por Bruno Lyra
O desastre de Mariana e a consequente paralisação das atividades da Samarco ferraram muito mais o Espírito Santo do que Minas Gerais por uma razão óbvia: a economia mineira é muito mais diversificada do que a nossa. A questão é que o modelo de industrialização capixaba foi montado no pilar mineiro – siderúrgico e de celulose branqueada de fibras curtas.
Nem o petróleo, do qual nos tornamos o 2º produtor do país na década passada, conseguimos ainda beneficiar no estado. Há outras indústrias, como a de rochas ornamentais, mas estão em patamar muito inferior aos das commodities. Nada que tenha importância estrutural em nosso PIB, até porque muitas dessas indústrias são atividades satélites das gigantes.
A tragédia da Samarco, que na verdade é um joint venture entre as colossais Vale e BHP Billiton, mostra o quão perigoso é depender de rol tão limitado de atividades que, para piorar, tem custo ambiental e social que seguem questionáveis.
É flagrante a evolução das tecnologias, como as impressoras 3D moldadoras de peças plásticas que devem reduzir o uso de componentes metálicos ou a substituição do papel por documentos eletrônicos. Como também aumentam
as pressões internacionais sobre atividades altamente impactantes ao meio ambiente, como o arranjo minero-siderúrgico e a produção de celulose.
Sem contar que o próprio petróleo, pelo menos como fonte de energia, deve experimentar um declínio nas próximas décadas. É o que apontam os acordos mundiais para tentar amenizar o aquecimento global.
São situações que a médio e longo prazo podem, se não extinguir, tornar menores as mega indústrias instaladas no ES. E, antes que esse dia chegue, precisamos construir alternativas. E elas estão na nossa vocação logística, somos porta de entrada e de saída para grande parte de Minas Gerais e dos prósperos estados do Centro Oeste, um das principais celeiros agrícolas do planeta.
Precisamos de um aeroporto de verdade. Esse puxadinho de Vitória não vai resolver. Já temos a ferrovia Vitória – Minas e a Centro Atlântica (Leopoldina), essa última subutilizada. Temos bons portos, mas que precisam melhorar calado, retroárea e acessos. A BR 101 já está encaminhada a duplicação, não obstante contradições do contrato. Já a BR 262 segue como desafio.
Há muito o que fazer. Setores como rochas e gengibre, por exemplo, precisam mandar de caminhão boa parte da produção para os portos do Rio de Janeiro porque não conseguem usar os do ES.
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