Especial: pandemia de coronavírus

Uso de máscara precisa continuar mesmo após vacinação, alerta infectologista do ES

Rubia alerta que vacinação está apenas começando. Foto: Divulgação

A chegada da vacina traz esperança e sensação de alívio para a população. Entretanto, é preciso ter bem claro que a primeira dose da vacina é apenas o passo inicial, e ainda é cedo para deixar os cuidados com os protocolos de saúde de lado.

“A gente deve aguardar até que a segunda dose seja realizada e somente cerca de 30 dias depois dessa última dose é que vamos poder dizer que estamos de fato imunizados. Não existe previsão de que toda a população esteja imunizada até o fim do ano. Esperamos que pelo menos os grupos de maior risco de doença grave estejam imunizados, mas a população como um todo ainda não”, explica a infectologista da Unimed Vitória Rubia Miossi.

A especialista ressalta que as vacinas foram aprovadas de maneira emergencial, por isso não existe uma resposta exata para quando as pessoas poderão relaxar nos cuidados. “Vamos ter essa resposta conforme as pessoas forem sendo vacinadas no decorrer do ano, e de como o vírus está se comportando lá fora, quantas pessoas estão testando positivo. Quanto mais seguirmos as regras de proteção, mais ajudaremos para que esse dia [em que poderemos relaxar nos cuidados] esteja cada vez mais próximo”.

Nenhuma das vacinas disponíveis até o momento garante 100% de imunização, mas a eficiência dos imunizantes evita a necessidade de internação e a morte. “Uma eficácia de 50% é muito importante. Só evitar casos graves e óbitos já é um benefício muito grande”, afirma a infectologista.

Para a médica é imprescindível que a população tome a vacina. “Importante é tomar a vacina e pensar também no outro, nas medidas coletivas. A vacina é segura. Não existem contraindicações e são pouquíssimos efeitos adversos. A não ser que a pessoa tenha alguma alergia grave a algum dos componentes da vacina, não é preciso se preocupar. Já as gestantes e mulheres amamentando devem procurar ajuda médica antes de tomar a vacina”.

Vale lembrar que as vacinas não foram testadas em pessoas com menos de 18 anos, por isso o imunizante não é indicado para a população pediátrica. “Vamos precisar atingir a cobertura vacinal para ter ideia de quando a população poderá se considerar de fato protegida. Enquanto isso temos que continuar usando a máscara e seguindo as regras de proteção porque mesmo quem foi vacinado pode carregar o vírus e contaminar quem ainda não foi”, pontua a médica.

Redação Jornal Tempo Novo

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