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Vacina gratuita contra Hepatite B para pessoas até 49 anos

Uma das prevenções para evitar contágio é não compartilhar agulhas, cortadores de unhas e alicates de cutícula. Foto: Divulgação

Nesta terça-feira (28) é celebrado o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais. Para prevenir e detectar precocemente a doença a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) reforça a importância da vacinação e a realização de testes de diagnóstico fornecidos em unidades de saúde.

As hepatites virais são infecções que acometem principalmente o fígado causando inflamação no órgão. Os tipos mais graves, conhecidos como hepatite B e C, podem evoluir para formas crônicas ao aumentar as chances de câncer no fígado e cirrose hepática.

A transmissão da hepatite B e C, de acordo com o infectologista e coordenador do Programa Estadual de Hepatites Virais, Moacir Soprani, ocorre por meio de secreções, sangue e relação sexual (mais comum na hepatite B). Já a hepatite A e E é transmitida por meio de água e alimentos contaminados. O tipo D da doença só é possível na presença do B e não existe no Espírito Santo.

Segundo o médico, a imunização contra a hepatite B faz parte do calendário de rotina na rede pública e é ofertada à população em geral, até 49 anos. O médico explica que pessoas dessa faixa etária que nunca foram imunizadas contra hepatite B podem procurar as unidades de saúde para serem vacinadas.

Segundo o médico, pessoas nessa situação recebem a vacina em três doses. A segunda é aplicada 30 dias após a primeira e, a última, seis meses após a primeira dose. Cumprindo esse esquema, estará protegido para o resto da vida.

Segundo dados do Programa Estadual de Hepatites Virais, foram confirmados 435 casos de hepatite B, 211 do tipo C e 13 casos de hepatite A, no Espírito Santo em 2014. Este ano já foram confirmados 151 casos de hepatite B, 65 do tipo C e 2 casos de hepatite A.

No entanto, pessoas que pertencem a grupos vulneráveis independem da faixa etária ou da comprovação da condição de vulnerabilidade para receber a dose. Nestes casos, a pessoa pode se dirigir à unidade de saúde com o cartão de vacinação e solicitar a vacina contra hepatite B. Entre os grupos vulneráveis estão gestantes, trabalhadores da saúde, bombeiros, policiais, manicures, populações indígenas, gays, lésbicas, travestis e transexuais, profissionais do sexo, usuários de drogas, portadores de DST, vítima de abuso sexual e outros.

Já para o público infantil foi incluído no ano passado a vacina contra a hepatite A no calendário de vacinação para a faixa etária de um ano a menores de dois anos de idade.

De acordo com Soprani, as hepatites são doenças silenciosas. Mas quando apresentam sintomas podem ser semelhantes apesar da diversidade da doença. Podem se apresentar em forma de cansaço, tontura, enjôo, febre, dor na região do fígado, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

O médico explica que A hepatite é uma doença crônica que não progride rapidamente. O paciente que adquire hepatite C, por exemplo, hoje, pode se curar ou se tornar crônico. Um percentual vai evoluir para cirrose hepática e para o câncer, mas isso pode demorar até 40 anos. Soprani ainda reforça que quanto mais cedo for descoberta a hepatite, mais rápido será feito o tratamento, evitando assim que o paciente desencadeie uma dessas doenças.

 Tratamento

Segundo o infectologista o tratamento disponível atualmente é para hepatite B e C. O tratamento com as novas drogas que estarão disponíveis até o final do ano, em todas as observações, permite o alcance de uma taxa de cura da hepatite C que ultrapassa 90%

Prevenção

– Não compartilhar agulhas, cortadores de unhas, alicates de cutícula, escovas de dente, ou qualquer material que possa ter tido contato com sangue ou secreção. Esses materiais devem ser de uso individual. Nos serviços de manicure, por exemplo, os itens devem ser de uso pessoal, individual ou com a garantia de que o material foi corretamente esterilizado.

– Usar preservativo nas relações sexuais.

– Se vacinar contra a hepatite B.

– Já a forma de contágio da hepatite A é fecal-oral, por contato de pessoa a pessoa, ou por meio de água e alimentos contaminados. A higiene das mãos ou na manipulação dos alimentos é a principal forma de prevenção.

Ana Paula Bonelli

Moradora da Serra, Ana Paula Bonelli é repórter do Tempo Novo há 25 anos. Atualmente, a jornalista escreve para diversas editorias do portal.

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