Por Ayanne Karoline
Deve atingir cifras bilionárias o prejuízo que a Vale e a Samarco vão acumular após o desastre de Mariana (MG). Só a multa do Ibama foi de R$ 250 milhões. Porém, o Governo Federal acredita que o desembolso pode chegar à casa dos bilhões, considerando multas, ações judiciais, indenizações e despesas com limpeza.
O governo de Minas Gerais já estipulou outra multa à Samarco de cerca de R$ 112 milhões pela poluição e degradação ambiental, que causou danos aos recursos hídricos, prejuízos à saúde, segurança e bem estar da população. Somado a isso, o Ministério Público de Minas Gerais anunciou um acordo onde a empresa se comprometeu a pagar um caução de R$ 1 bilhão, enquanto a Justiça mineira já determinou o bloqueio de R$ 300 milhões da mineradora.
Já a Vale será alvo de Ação Civil Pública acionada pelo Núcleo de Assistência Comunitária dos Atingidos pela Barragem (Nacaba). As informações são do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e apontam que o pedido é de R$ 100 milhões pelos danos à cidade de Ponta Nova, em Minas Gerais.
Além de desembolsar com os danos ambientais, as empresas estão gastando com provisões para as famílias desabrigadas e cidades atingidas. Os prejuízos com as baixas e paralisação na produção também são altos. A Samarco parou as atividades no Espírito Santo e em Minas Gerais. Cerca de cinco mil funcionários estão em recesso.
Já a Vale assume que a produção em Fábrica Nova / Timbopeba, no Sistema Sudeste, poderá ser negativamente impactada em três milhões de toneladas ainda em 2015 e em nove milhões em 2016. A empresa informou que interromperá a venda de minério para a Samarco. Samarco e a Vale ainda não divulgaram o tamanho do prejuízo que as paralisações e baixas na produção.
