Bruno Lyra
O Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema) está renovando a licença ambiental da Vale no complexo de Tubarão, que incluem as oito usinas de pelotização, o tráfego de trens e outros veículos, além dos portos operados pela mineradora.
Segundo assessoria de imprensa do Iema, a renovação deve sair até o final de outubro. Desde 2006 o órgão vem renovando automaticamente a licença da empresa e é a primeira vez em 11 anos que o pedido de renovação de licença passará por análise mais detalhada.
A assessoria do Iema disse que deverão pintar novas exigências para controle da poluição, notadamente do pó preto, o mais percebido pela população. Mas, por enquanto, revelou as exigências já em vigor, como a manutenção dos atuais e instalação de mais filtros, limpeza das vias, umectação das pilhas de minério e pelotas.
Quanto ao volume de água consumida do rio Santa Maria, o Iema não deu valores. Nem do consumo dos poços artesianos. Mas revelou que a empresa já perfurou 13 poços em Tubarão, sendo dois deles recentemente.
Sobre as multas ambientais pendentes – são mais de 20 e nenhuma delas paga, aplicadas pelo próprio Iema, Prefeituras da Serra e de Vitória – o Instituto informou que as de sua autoria não impedem a renovação da licença, desde que estejam em prazo de recurso.
A respeito da multa dos outros órgãos, o Iema disse que legalmente não pode negar a renovação da licença à Vale mesmo se a mineradora já tiver perdido todos os recursos e seguir devendo. A assessoria do Iema informou ainda que concluída a renovação da Vale, será a vez de renovar a licença da ArcelorMittal Tubarão, outra gigante com impactos ambientais na Serra e cidades vizinhas.