A não reabertura do Pronto Socorro do hospital Jayme Santos Neves continua pesando a vida da população que necessita de atendimento emergencial. Neste período de carnaval quem esteve na frente do Hospital cobrando do governador Renato Casagrande a reabertura do local, foi o deputado estadual Vandinho Leite. Ele referendou o que já se vem observando na cidade desde então: a superlotação das UPA’s, que atualmente são o único meio do qual a população pode conseguir atendimento público de urgência em toda a cidade.
O fechamento do Pronto Socorro do Jayme tem relação direta com a situação de dificuldade enfrentada pelos pacientes nas UPA’s, que são gerenciadas pela Prefeitura. Diferente de Vitória e Vila Velha, desde o fechamento do Pronto Socorro do Dório Silva (ocorrido em 2013) e do Jayme (ocorrido em 2020) a Serra não tem mais hospital estadual de ‘porta aberta’, ou seja, não tem pronto socorro hospitalar. Quem chega no Jayme procurando ajuda médica é orientado ir em uma das três UPA’s.
Segundo o deputado Vandinho Leite, ele já tem feito a cobrança da reabertura do OS do Jayme há dois anos e ainda não tem resposta por parte do governador Renato Casagrande. “Pessoal sábado de carnaval eu estou aqui em frente aonde funcionava o pronto-socorro do hospital Jayme Santos Neves, gostaria de iniciar dizendo que o hospital funciona bem, isso é verdade. Mas, infelizmente aqui no setor de emergência de urgência só são recebidos pacientes de outros hospitais, ou seja, não é mais um hospital de porta aberta. Aqui na Serra é um caos geral isso, porque a Prefeitura não tem condição nenhuma de fazer da gestão das UPA’s e aumentou muito o número de pacientes nas UPA’s, depois do fechamento do pronto-socorro, ou seja, algo que a prefeitura já fazia mal hoje faz ainda pior, porque a gestão das UPA’s absorveu uma maior quantidade de pacientes”, disse Vandinho Leite.
O deputado finalizou afirmando que já conversou com representantes do Governo do Estado sobre essa questão, é que é de grande importância para a Saúde da Serra. “Então eu venho mais uma vez nesse sábado de carnaval cobrar o Governo do Estado para que reabra o pronto-socorro do Jayme. Conversei muito sobre isso com o Governo nos últimos dois anos, porque nós não podemos permitir que o pronto-socorro do Jayme continua fechado”.
Na semana passada o Jornal Tempo Novo publicou uma reportagem em que revela dados obtidos junto a Prefeitura da Serra, que desmontaram que o fechamento do Pronto Socorro do Jayme, além de deixar a população da Serra sem um importante canal de atendimento emergencial, ainda ‘jogou’ para dentro do sistema de Saúde da Prefeitura da Serra [ou seja, pago pelo contribuinte serrano] muitos pacientes de fora da cidade.
Em janeiro de 2023, a UPA de Castelândia atendeu um total de 17.897, dos quais 14.789 são serranos. Ou seja, 3.108 atendimentos foram realizados a moradores de fora da cidade, o que equivale a preocupantes 17%. Quase 1/5 de pacientes em Castelândia não são da Serra, porém a estrutura é bancada pelos contribuintes serranos, o que causa uma discrepância no funcionamento da unidade, que foi pensada para atender a demanda local.
De acordo com o relatório encaminhado pela Prefeitura, na UPA de Carapina, no mesmo recorte de janeiro de 2023 foram realizados 14.810 atendimentos, dos quais 12% foram de moradores de fora da Serra, outro número que gera preocupação em termos de gestão de atendimento de orçamento. A UPA menos impactada pelo movimento migratório de pacientes de fora da Serra é exatamente a de Serra Sede, talvez pela distância das demais cidades. Porém, a UPA também é a que mais registra número total de atendimentos.
Em janeiro de 2023 a unidade fez 22.987 atendimentos, sendo que 5.7% desse total foram de pacientes das demais cidades. Em números globais, as três UPA’s somadas realizaram incríveis 55.694 atendimentos somente em janeiro. Apenas para comparação didática, representaria 10% de toda a Serra atendida em apenas três unidades. Em termos de proporcionalidade, o total de atendimentos de pessoas de fora da Serra no mês de janeiro significou 11.2%, ou seja, de cada 10 pacientes, um não era da Serra. Observa-se, portanto, como o movimento migratório aumenta a pressão em torno do sistema de saúde da Serra, que não tem mais o Pronto Socorro hospitalar aberto desde que o Jayme e o Dório Silva foram fechados.
O fechamento do Pronto Socorro do Jayme ocorreu no início de 2020 devido à pandemia do coronavírus. Com o controle epidemiológico da doença nos idos de 2021 para 2022, esperava-se que o Pronto-Socorro do hospital fosse reaberto conforme era desde sua inauguração. Entretanto, questionado pela reportagem do Jornal Tempo Novo, na semana passada, o Governo do Estado sinalizou que não tem a intenção de reabrir as portas para o atendimento emergencial, enquanto isso as UPA’s seguem sendo o único canal de atendimento de urgência na maior cidade do Espírito Santo.
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