Conceição Nascimento
Está nas mãos do juiz Aílton Soares de Oliveira da 6º vara cível da Serra a decisão sobre a anulação ou não, da venda de um imóvel de propriedade da Associação de Moradores do Parque Residencial Laranjeiras (AMPRL) à GSO Imobiliária e Participações LTDA.
A ação movida pelo Ministério Público questiona a venda de um imóvel de 2.360 m² no valor de R$ 165 mil, localizado entre o ginásio de esportes e a sede comunitária. A ação tem como requeridos o então presidente da associação, Paulo César Carneiro Spínola, o Lucas; a própria AMRPL; Denilce Maria Piana e GSO Imobiliária e Participações LTDA EPP.
A venda do imóvel, que teve a escritura lavrada em agosto de 2011, ganhou grande repercussão entre moradores do bairro ano passado. Segundo eles o valor envolvendo a transação da área nobre do bairro é bem inferior à avaliação de mercado.
Em princípio, a GSO utilizava o imóvel – até então entendido como alugado – para exploração de um estacionamento privado. Mas após informações da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), a comunidade foi alertada de que o terreno estava em nome da imobiliária.
A presidente da AMRPL, Deborah Alves, informou que já prestou esclarecimentos ao Ministério Público enquanto representante atual da associação. “Temos tranquilidade quanto a este processo, pois não foi feito por nossa diretoria, e a decisão que a Justiça determinar certamente estaremos de acordo”, observou.
Denilse Piana foi procurada pela reportagem e informou que o assunto estaria sendo abordado pelo seu advogado.
O advogado que representa a empresa – não quis ter o nome divulgado – disse que aguarda o cumprimento dos prazos processuais. “Não fomos intimados ainda. Não tenho ciência da ação e todas as respostas serão dadas em juízo”, limitou-se a dizer.
Em nota, o Ministério Público do Espírito Santo informou por meio da Promotoria de Justiça Cível da Serra, que acompanha o trâmite do processo e aguarda decisão para se manifestar sobre o assunto.
Paulo César Carneiro Spínola foi procurado pela reportagem, mas seu celular encontrava-se no modo caixa-postal.