Depois de um fim de primavera mais molhado do que os últimos anos, a chuva voltou a rarear mais uma vez no verão capixaba. O resultado é que os rios que abastecem a Grande Vitória voltaram a ter queda brusca na vazão. Mesmo assim, ainda não há previsão de racionamento, segundo a Cesan.
Responsável pelo abastecimento da maior parte da população da Serra e zona norte de Vitória, o rio Santa Maria estava com a vazão de 10 mil litros por segundo na última quarta-feira (17), o que é menos da metade para a média histórica de janeiro, que é de 23 mil litros. Os dados são da Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh).
São cerca de 600 mil pessoas e boa parte das indústrias da região atendidas pelo Santa Maria, incluindo aí a Vale e ArcelorMittal, as maiores consumidoras individuais do rio. Para isso tudo a Cesan capta cerca de 2,5 mil litros por segundo do manancial, que conta com uma represa nas montanhas de Santa Maria de Jetibá, cujo nível no início de dezembro estava em cerca de 80% da capacidade.
A situação mais preocupante é a do rio Jucu, que abastece mais de um milhão de pessoas em Vila Velha, Cariacica e Vitória. Dados da Agerh apontam que o rio estava com apenas 8 mil litros por segundo de vazão, cinco vezes menos que a média história de janeiro, 40 mil litros. E o pior: o Jucu não possui grandes reservatórios. Para reverter isso o Governo Estadual está licitando uma barragem entre Domingos Martins e Viana, com projeção para ficar pronta entre dois e três anos.
Nem a Agerh nem a Cesan dão números da vazão do rio Reis Magos, que desde o final do ano passado passou a atender cerca de 150 mil moradores nas regiões da Serra-Sede e Civit I. Deste manancial, que é de menor porte, são retirados cerca de 500 litros por segundo.