Alvo de uma comissão de investigação na Câmara da Serra, o vereador Fábio Duarte prepara sua defesa, que deve ser feita até o dia 15 de abril. O parlamentar responde a uma ação por suposta quebra de decoro parlamentar, e a ação pode resultar na perda do mandato.
A comissão foi aberta após o vazamento de um áudio durante uma reunião ocorrida no dia 1º de abril, quando Fábio teria dito que os vereadores da oposição só aprovariam a Parceria Público-Privada dos Resíduos Sólidos (PPP do Lixo) caso “recebessem R$ 100 mil”. Já os parlamentares rechaçam a afirmação contida no áudio e acusam Duarte de calúnia.
A comissão será composta pelos vereadores Basílio da Saúde (Pros), Adriano Galinhão (PTC) e Guto Lorenzoni (Rede).
O vereador foi procurado para comentar sobre o fato, mas escalou o advogado que o representa, Pablo de Andrade. “O que causa espécie é que, até hoje, nada fizeram para resguardar o decoro naquela Câmara, quando, por exemplo, desrespeitaram a vereadora Neidia. Outro vereador foi preso com arma e dinheiro, em situação suspeita. Outro é flagrado em vídeo, sob suspeita de Rachid. Vereador é suspeito de esquema de fraude em licitação etc.”, disse Pablo.
Pablo completa defendendo que o vereador estava manifestando “preocupação” com o que ele estava “ouvindo nos corredores” da Câmara. “Fábio será julgado no exercício de seu mandato e em uma reunião onde manifestou sua preocupação com o que estava ouvindo pelos corredores da Câmara. Resta a sensação de que o conceito de decoro foi posto fora da órbita dos propósitos daquele Poder, estando a serviço de outros interesses”.
O Tempo Novo tentou falar com veadores para rebater as declarações do advogado. Foram procurados os vereadores Basílio da Saúde (Pros), que preside a comissão, além de Ailton Rodrigues (PSC) e Miguel da Policlínica (PTC); nenhum deles, porém, respondeu à reportagem.