A proximidade do vereador Toninho Silva (DEM) com o prefeito Audifax Barcelos (PSB) já traz desconforto para o parlamentar no seu partido. Com a relação difícil e perdendo espaço na legenda, Toninho pode até ser sacado da Executiva nos próximos dias.
Ele avalia como um ato de ‘perseguição’. “Quando tomei posse, em 2013, fui orientado pela direção estadual do DEM a não fazer oposição ao prefeito Audifax Barcelos. Agora, tenho informações de que o partido está costurando aliança com o ex-prefeito Sérgio Vidigal (PDT) para as eleições de 2016, o que discordo. Estou sendo discriminado pelos líderes democratas em função da minha proximidade com o prefeito”, lembrou o vereador.
O secretário geral do DEM, Toninho Magalhães, reclamou que o vereador não tem seguido as orientações partidárias. “Caminharemos com Vidigal em 2016 e ele é aliado ao atual prefeito”, disse, acrescentando que serão promovidas mudanças na direção local do DEM. “Nas próximas semanas, o vereador Toninho será retirado da Executiva do partido e, caso não siga as nossas orientações, será liberado para sair do DEM”, adiantou.
Situação semelhante vive o vereador Alexandre Xambinho (PTdoB).
O presidente municipal do PTdoB, Dudu Lima, disse que companheiros do partido reclamam da falta de lealdade do vereador Xambinho com a legenda. “O partido não vai dar legenda pra ele. Não demonstrou lealdade aos companheiros”, disse.
Procurado pela reportagem, Xambinho informou por meio de mensagem sobre o falecimento de um parente e que não poderia se posicionar no momento.
Os vereadores Auredir Pimentel (PDT) e Sebastião Sabino (PT) são outros que também chamam a atenção das suas legendas em função da proximidade com o prefeito Audifax Barcelos. Ambos, porém, garantem que não há problemas com seus respectivos partidos.
Vereador Boy na mira do deputado Lamas
O vereador Antônio Fernandes de Aquino, o Boy do INSS, está em rota de colisão com o seu partido, o PSB. Encontra problemas junto à direção municipal do seu partido, presidido pelo deputado estadual Bruno Lamas.
“O vereador não participa, não frequenta, faz oposição odiosa e descabida ao prefeito e não contribui com as despesas do partido. Ele não faz parte dos planos do PSB para 2016 e não temos objeção sobre sua saída”, disse Lamas.
Ao ser questionado sobre o assunto pela reportagem, o vereador Boy se demonstrou surpreso com a informação, garantindo estar recebendo a notícia naquele momento pelo jornal Tempo Novo.
“Tenho tanto tempo quanto qualquer outro no PSB da Serra. Avalio que o presidente deveria ter um papel conciliador e nunca fui convidado para conversar”, rebateu Boy.
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