Política

Vereador denuncia homofobia em primeira sessão do ano na Câmara da Serra

Pablo Muribeca denunciou homofobia na Câmara da Serra. Foto: Divulgação

Em meio à primeira sessão do ano na Câmara da Serra, realizada na tarde desta quarta-feira (3), acusações de ‘piadas homofóbicas’ ganharam destaque entre os vereadores. O pontapé para o início das rusgas foi uma declaração de Ericson Duarte (Rede). O parlamentar comemorava o retorno do decano Sergio Peixoto (Pros) para a Câmara de Vereadores, após 16 anos ausente da Casa.

Para registrar a sólida amizade com o colega, afirmou que já dormiram, por diversas vezes, no mesmo quarto em hotéis durante viagens passadas. Antes mesmo de concluir sua fala, o redista foi surpreendido por risadas de muitos parlamentares, que insinuaram uma suposta ‘relação homossexual’.

A situação gerou um clima de desconforto entre os vereadores. Logo em seguida, Pablo Muribeca (Patriota) saiu em defesa de Ericson e denunciou o que classificou como ‘piadas homofóbicas’, já que seria comum amigos dormirem no mesmo quarto.

A reportagem conversou com o parlamentar, que preside a Comissão de Direitos Humanos da Casa de Leis. Segundo ele, as atitudes de alguns colegas foram desrespeitosas com os homossexuais, que sofrem preconceito em todo o Brasil, inclusive na Serra. Ele ainda lamentou que representantes do povo tenham esse tipo de postura nos dias atuais.

“Apenas rebati, pois tenho muitos amigos; quando gosto [independente do sexo] eu beijo, abraço. Vou defender a causa, sou contra a homofobia. É a mesma coisa em relação ao racismo; são falas pejorativas e racistas. Eu não tenho dificuldade nenhuma para voltar a abordar esse assunto, o que farei nas próximas sessões”, disse.

O vereador ainda denunciou que poucas horas após a situação ocorrida na Câmara, pessoas fizeram uma montagem onde zombam de sua fala e fazem insinuações sobre sua orientação sexual.

“Fizeram um vídeo para tentar me diminuir, isso é ruim, significa que as pessoas não entendem a gravidade de tais brincadeiras; temos que observar o quanto as pessoas são competentes e têm conduta correta; não se deveria focar a vida particular delas. Sou presidente da Comissão de Direitos Humanos; vou levar esse debate para a Câmara”, disse Pablo, que tem 29 anos.

Para auxiliar o leitor, o TEMPO NOVO separou os trechos onde ocorreram as supostas piadas homofóbicas e a defesa de Pablo. Assista abaixo:

Redação Jornal Tempo Novo

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