No último dia 18 a Câmara da Serra reprovou o Projeto de Lei (PL) que obrigaria empresas que realizam obras públicas municipais a usarem uma cota mínima de material reciclado, como por exemplo, areia, brita e argila. O autor da proposta foi o vereador de oposição Gideão Svensson (PR) e obteve 11 votos contrários com apenas sete a favor.
Gideão questiona a reprovação. “Foi retaliação. É só incluir essa norma nas licitações, estimularia as empreiteiras no uso do material reciclado, a Serra não tem política definida para tratar o entulho, por isso existem vários pontos viciados”, disse.
Outro vereador que fez coro ao projeto é Gilmar Carlos (PT), “A maioria dos vereadores alega que não há empresas que ofertam materiais reciclados, mas quando se tornar obrigatório, vão surgir empresas que atendam à demanda. Reciclar é ajudar o meio ambiente”, defendeu Gilmar.
O líder do governo na Câmara, vereador Moreira (PMDB), que votou contra o projeto, diz que uma iniciativa dessas tem que partir do excetivo, e Gideão não abre diálogo com Audifax (Rede). “É intenção de Gideão que derrubemos o projeto dele, para depois fazer discurso, é um bom parlamentar, mas não chama o grupo para discutir, usa isso para fazer um carnaval, pensando na reeleição”, avalia.
O vereador Guto Lorenzoni (PP) que também foi contrário entende que devido ao custo o projeto é inviável. “A ideia é boa, mas da forma que foi posto é impraticável, o material reciclado é mais caro. E o projeto não é claro em vários pontos. Tem que ser discutido. A obrigatoriedade do uso de material reciclado pode inviabilizar obras. Votei contra a matéria, não contra a ideia”, afirma.