As eleições para a mesa diretora da Câmara da Serra serão adiantas de novembro para a próxima semana. O anúncio foi realizado ao Jornal TEMPO NOVO na tarde desta terça-feira (2) pelo atual presidente do Legislativo, Rodrigo Caldeira. De acordo com ele, os 23 vereadores entraram em consenso e decidiram por uma composição de chapa única, que será liderada pelo parlamentar Saulinho da Academia. Isso não ocorre desde eleição de 2011, que á época, alçou o então vereador César Nunes para a presidência.
A decisão ocorre após tensões envolvendo a Casa de Leis, mas que de acordo com Rodrigo e Saulinho, foram superadas. Em conversa com a reportagem, Rodrigo Caldeira afirmou que o clima na Câmara, neste momento, é de harmonia, inclusive, com o Poder Executivo; e anunciou que as eleições para a presidência serão realizadas o mais rápido possível.
“Fizemos uma conversa e estamos fazendo a composição. Vamos fazer a eleição o mais rápido possível, só tenho que ver na Procuradoria como anda o processo, mesmo sendo composição, precisa ter todo um rito, então vamos colocar para votar assim que tiver tudo certo. Isso deve acontecer até a próxima semana, não sei se segunda-feira (dia 08) pode, mas talvez na quarta-feira (10) já colocamos”, explicou.
Ainda de acordo com Rodrigo Caldeira, a chapa será única e já tem nomes pré-definidos, entretanto, ainda precisam ser confirmados. A certeza, segundo Rodrigo é que Saulinho encabeçará a chapa na função de presidente.
“Eu não pretendo colocar nenhuma chapa [de oposição], será chapa única. Já temos alguns nomes e agora vamos decidir, já está tudo no consenso. O ‘cabeça’ de chapa será o vereador Saulinho, que vai passar a presidir em comum acordo com o atual plenário a partir do dia 1 de janeiro de 2023”.
Saulinho confirmou o avanço dos diálogos entre os vereadores. “As informações procedem, entramos em um consenso e sabemos que isso é o melhor pra cidade, o melhor pra Câmara da Serra, isso é a união dos 23 vereadores. Queremos fazer uma governabilidade da Câmara com o Executivo, estamos bem unidos, os 23 vereadores”, disse Saulinho.
Tanto Rodrigo Caldeira, quanto Saulinho da Academia, afirmaram que essa composição dará um gestão de continuidade à Câmara.
Isso quer dizer que a transição de gestão deve ser um ritmo adequado para que não haja dificuldades administrativas durante o processo. Rodrigo adiantou também que esse ano, a Câmara vai devolver aos cofres públicos, cerca de R$ 2 milhões – recursos estes oriundos de economias internas e enxugamento de máquina pública.
“Estamos num momento que não temos base e oposição aqui; o debate é técnico e com em cima dos projetos. O problema é que há uma disputa eleitoral no meio do caminho [referindo-se as eleições gerais no Brasil] e isso as vezes gera algum tumulto, mas são coisas que se superam com diálogo”, disse Rodrigo Caldeira.
Saulinho completou: “esse movimento de consenso quebra o ciclo de conflito que vem desde uma década atrás, eu vejo que aqui nesta Casa tem pessoas maduras e chegou no consenso que a briga não leva a lugar nenhum. Só ia atrapalhar a governabilidade do prefeito, dos vereadores, e nós não queremos isso”, finalizou Saulinho.