Um grupo de quinze vereadores se uniu em um bloco governista para oferecer sustentação política e institucional ao futuro governo do prefeito eleito Weverson Meireles (PDT). O grupo também fechou questão em torno da reeleição do vereador Saulinho da Academia (PDT) para a presidência da Câmara. No último final de semana, ocorreu uma reunião ampliada com 14 dos 15 vereadores para alinhar estratégias e consolidar o consenso interno.
O prefeito eleito, Weverson Meireles, tem evitado se posicionar publicamente sobre o tema, por se tratar de um processo interno de outro poder. No entanto, no domingo em que foi eleito, declarou ao Tempo Novo que apoiaria um nome de seu grupo político para buscar consenso na eleição da Câmara, e assim o fez. Nas últimas semanas, a cúpula do PDT oficializou internamente o apoio à reeleição de Saulinho.
O PDT, que elegeu a maior bancada na Câmara com cinco vereadores entre os 23 eleitos, defendeu que o presidente do Legislativo deveria ser um dos filiados à sigla. Bem articulado internamente, Saulinho despontou como a melhor opção, pois, nos últimos dois anos, ele conseguiu criar uma ambiência política favorável, garantindo ao atual prefeito Sergio Vidigal a governabilidade necessária para avanços significativos no município.
Durante a campanha, Saulinho manteve-se fiel a Weverson, especialmente em sua base eleitoral na região da Serra Sede, onde o adversário Pablo Muribeca (Republicanos) tinha maior aceitação. Com forte apoio interno, Saulinho recebeu o aval de Weverson e do PDT para ampliar sua base, buscando envolver os demais vereadores eleitos no palanque do partido. Inicialmente, ele contava com o apoio de nove parlamentares e precisava conquistar o restante dos eleitos aliados a Weverson.
Paralelamente, um grupo de oposição, formado por partidos que não apoiaram Weverson no 1º e 2º turnos, iniciou articulações. Este grupo buscou alianças com os três vereadores eleitos pelo Podemos e um grupo de parlamentares insatisfeitos com Saulinho, visando apresentar uma candidatura alternativa. Em certo momento, a oposição chegou a reunir um número significativo de apoiadores, com potencial para comprometer a governabilidade de Weverson. Algumas reuniões chegaram a ser realizadas em um sítio em Marechal Floriano, prática comum nas disputas internas da Câmara da Serra, mas amplamente criticada.
No entanto, o apoio de Weverson a Saulinho, combinado com a articulação do atual presidente, enfraqueceu a oposição. Com o desmantelamento do grupo oposicionista, Saulinho conseguiu reunir os parlamentares indecisos e consolidar um bloco sólido, garantindo sua reeleição e a formação de uma base governista coesa para o mandato de Weverson.
Dessa forma, o bloco de apoio a Saulinho está configurado da seguinte maneira:
PDT: Teilton Valim, Paulinho do Churrasquinho, Renato Ribeiro e Fred.
MDB: Serrinha e Cabo Rodrigues.
PSDB: Rafael Estrela do Mar e Leandro Ferraço.
PP: Andréa Duarte e Raphaela Moraes.
União Brasil: Dr. William Miranda.
PV: Stefano Andrade.
Republicanos: Antonio Cea.
Podemos: George Guanabara.
Vale ressaltar que, até o momento, não se pode afirmar que os vereadores que não integram o bloco de Saulinho sejam necessariamente oposicionistas a Weverson. Ainda é cedo para fazer essa avaliação, já que a filiação partidária sozinha não determina o posicionamento individual dos parlamentares.
Além disso, vereadores como Jefinho do Balneário e Henrique Lima, por exemplo, ambos do Podemos, foram eleitos com o apoio do PDT e têm bom trânsito com Weverson, embora ainda não tenham fechado questão em torno de Saulinho.