Em 2018, a relação do Poder Executivo com a Câmara da Serra foi marcada por intempéries que atrapalhou o andamento de muitos projetos de lei e chegou a dificultar a governabilidade do prefeito Audifax Barcelos (Rede). Esse ano, a expectativa é de uma relação mais harmonizada com a Câmara, uma vez que não é um ano de eleição, o que ajuda a amenizar as instabilidades políticas. Grande parte dos vereadores defende essa tese, inclusive parlamentares que estiveram no campo da oposição nos últimos nos. Mas ainda existem alguns deles que preveem dificuldades.
Sobre o assunto, Audifax falou por meio de sua assessoria. “Temos uma parceria com a Câmara de Vereadores da Serra em prol do desenvolvimento da cidade. Respeitamos a independência dos poderes e nossa relação é republicana”, refletiu o redista.
O vereador Nacib Haddad (PDT) ocupou por alguns anos o título de oposição. Mas pondera que, em 2019, houve um alinhamento no diálogo com o Executivo. “Acho que a relação dele [prefeito] com a Câmara melhorou muito; abriu um diálogo maior com a oposição, comigo e com outros vereadores, visando uma Serra melhor. Ele tem nos visto com outros olhos, talvez, e atendido as demandas que chegam a nós; isso facilitou muito. A única reclamação ainda é sobre a saúde; porém, estamos vendo que está tentando melhorar. Ainda não nos reunimos com o prefeito, mas haverá uma reunião com a Câmara”, afirmou.
O vereador Miguel da Policlínica (PTC) também acredita que será um ano tranquilo. “Está de muita paz, pois hoje vereadores que estavam na oposição estão do lado da administração”, explicou.
Do lado oposto, está o vereador Aílton Rodrigues (PSC). “Acho que a partir do Carnaval as coisas começam a tomar um rumo, pelo fato de ele [Audifax] não ser mais candidato a prefeito. Acho que começa cada um [vereador] tomar um rumo, até porque qualquer um pode ser candidato a prefeito da Serra. Acho que 2018 foi mais tranquilo. Essa é a minha reflexão; esse ano vai ser mais difícil manter todo mundo na mesma unidade. Cada um vai buscar seus interesses”, analisou.
Outro que também duvida da harmonia absoluta é Basílio da Saúde (Pros), que preside a Comissão de Finanças da Câmara. “Não vai ser fácil, a começar pela urgência na tramitação das matérias. Isso acabou, porque a Finanças não vai liberar. Os vereadores, aos poucos, estão conhecendo o prefeito”, frisou.