Por Conceição Nascimento
Mesmo com a incerteza em relação às regras que conduzirão o calendário eleitoral 2016, vereadores da Serra já estão se abrigando em novos partidos para garantir a reeleição. A minirreforma eleitoral deu um fôlego de mais seis meses para a migração partidária aos pré-candidatos, porém os mais ressabiados temem novas mudanças e já estão com as malas prontas para novas legendas, o que, segundo a legislação anterior, deveria ser feito até esta sexta-feira (2), a um ano das eleições.
Alguns vereadores que têm afinidade com o prefeito Audifax Barcelos devem acompanha-lo para a Rede. É o caso de Rodrigo Caldeira (ex-SD) e Alexandre Xambinho (ex-PTdoB), que, inclusive, participaram da entrevista coletiva do prefeito para anunciar sua filiação à recém-criada legenda. Especula-se ainda que Cézar Nunes (ex SD) possa se juntar ao grupo, assim como Auredir Pimentel, que entregou a carta de desfiliação ao PDT nesta quinta-feira (1).
O PMDB poderá ser o destino de Toninho Silva (ex-DEM) e Jorjão Silva (ex-SD). “Tenho boa relação com o partido, que está organizado em todo o Estado”, disse Toninho.
O vereador Marcos Tongo saiu do SD e filia-se ao PSB, onde disputará a reeleição. “Hoje tenho uma relação muito próxima com a direção do PSB, que tem projeto para a Serra”, explicou.
O vereador Boy do INSS se desligou do PSB, cuja direção municipal não poupava críticas sobre sua atuação, especialmente na Câmara, onde adotou uma postura de oposição ao então colega de partido, prefeito Audifax Barcelos. Nos bastidores da Câmara colegas apostam que ele vai para o PTB, que hoje tem como único representante na Casa Aldair Xavier.
A incógnita fica por conta de Sebastião Sabino (PT). Ele assumiu a vaga deixada por Bruno Lamas (PSB), eleito deputado estadual em 2014. Sabino tem uma relação muito próxima com Audifax e isso o coloca em situação difícil no partido, que apesar de ter a vice- prefeitura entrou em rota de colisão com o prefeito. Além disso, a chapa do PT pode não viabilizar sua reeleição.