Se uma mãe adotiva não estiver disponível, o cuidador deverá assumir esses cuidados fisiológicos que seriam supridos por ela, como aquecimento, nutrição, eliminação, higiene e estimulação social.
A caixa ideal para manter esses filhotes seria uma incubadora, mas na ausência dessa, qualquer recinto aquecido e seguro já supre as necessidades deles, como uma caixa de transporte ou de papelão.
A roupa de cama deve ser macia, quente, absorvente e de fácil limpeza, ou até mesmo descartável, e a temperatura ambiente deve ficar em torno de 30 a 32º C, com uma umidade de 55 a 60%. Todos os panos, cobertores e equipamentos devem ser mantidos limpos, bem como as mãos de quem manipula deve ser higienizada com frequência.
Se houver necessidade de usar uma fonte de calor próximo à caixa, deve ser colocada de uma maneira que permita os gatinhos se afastarem das áreas mais quentes, quando necessário.
Devemos tomar cuidado porque se uma ninhada ficou órfã, eles geralmente tentam amamentar-se uns nos outros, podendo gerar traumas cutâneos ou genitais, nesses casos haverá necessidade de separação.
A proteção contra doenças infecciosas é importante, especialmente se eles não mamaram o suficiente, e gatos bebês não devem ser expostos a gatos mais velhos antes da primeira imunização.
Para alimentação alguns cuidados devem ser tomados, tais como serem alimentados com um substituto do leite comercial, parecido com a composição do leite da gata. O substituto do leite precisa ter 7,5% de proteína e 4,5% de gordura, teores maiores que os do leite de vaca, por isso amamentá-los com leite de vaca não é indicado. O leite mais seguro é o comercial. O leite deve ser aquecido (35 a 38º C) em banho maria, antes de oferecer e refrigerado entre as mamadas. Na reconstituição do leite, não preparar para mais de 48 horas.
Não utilize micro-ondas, pois pode ocorrer um superaquecimento ou aquecimento desigual.
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Alimente a cada 2 horas na primeira semana, a cada 4 horas na segunda semana, e a cada 4 – 6 horas até o desmame. A diarreia pode ser resultado de uma superalimentação, podendo ser tratada reduzindo temporariamente a quantidade fornecida.
Como amamentar: filhotes com bom reflexo de sucção podem ser alimentados com mamadeira ou seringa, em decúbito esternal (barriguinha para baixo), com a cabeça elevada, simulando uma posição normal de amamentação. O orifício do bico deve ser suficiente para pingar 1 gota de cada quando a mamadeira for colocada de cabeça para baixo. Deixe cair uma gota de leite na boca do gatinho para estimular a mamada, e o leite não deve ser forçado a sair da mamadeira, cuidado com broncoaspiração.
Pese cada gatinho a cada 24 horas nas primeiras 2 semanas, e depois 2 vezes por semana até o desmame, em uma balança de precisão. Gatos doentes devem ser isolados e pesados com maior frequência.
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Com 3 a 4 semanas os filhotes podem ser ensinados a beber o leite em um pires raso, e em seguida alimentos sólidos podem ser introduzidos, mas misturados com o leite ainda.
Por volta de 5 a 6 semanas os filhotes são capazes de mastigar alimentos secos. O desmame geralmente é concluído por volta de 6 a 8 semanas de idade.