Viagens ficam mais doces no Transcol

José Oliveira

O marketing digital tem sido uma ferramenta muito usada para quem atua no mercado do empreendedorismo. Mas você consegue imaginar um simples vendedor de doces, que trabalha em ônibus do Transcol, nesse formato digital?

Cadastrado como Microempreendedor Individual (MEI), na Serra, onde mora sua família, David Salucci, 34, há três anos enfrenta o desafio de ser vendedor ambulante, dentro dos ônibus da Grande Vitória.

Porém, neste ano, David resolveu investir em seu empreendimento culinário: palha italiana tradicional, palha de leite ninho, paçoca caseira, leite ninho com nutella e leite ninho tradicional.  O micro empreendedor buscou nas mídias digitais uma oportunidade para expandir sua imagem e negócio.

“Eu escolhi para agregar valor no meu trabalho e empreendimento. Acho que todo empreendedor tem que prezar por um bom marketing e assessoria. Isso faz as pessoas valorizarem o trabalho do profissional”, opinou.

Para se aproximar de seu público, David investe em um site, blog e fan page. Nessas mídias, os clientes podem ficar por dentro do trabalho realizado nos coletivos, fazer pedidos dos produtos e ainda acompanhar as atividades de lazer, como por exemplo: dicas culinárias. 

Essa atitude proativa de David chama atenção não só dos clientes, mas de profissionais do mercado digital, que julgam ser fator diferencial o investimento no marketing digital para sair à frente da concorrência, como explica o dono da agência publicitária Reina Comunicação, Diego Rocha.

“Ele deve ser lembrado e ser visto. O marketing digital proporciona isso de uma maneira incrível. Com compromisso, estudo e capacitação é possível alcançar um nível de vendas e exposições que de porta em porta não seria possível”, explica o publicitário.

Carinho do público

O microempreendedor, por onde passa, recebe acenos do público e outros gestos de carinho. Sua fama tem se espalhado pelas ruas da Grande Vitória, por ter uma abordagem diferenciada nas vendas dos doces, como conta o estudante, Allan Martin, 17.  “Ele é super educado. A forma que ele chega e fala com o público é muito bacana”, resume.

Com tanta popularidade alcançada, o resultado tem que ser de sucesso.  Segundo David, as vendas variam de 1.000 a 1.500 doces por semana. O empreendedor explica, o que de fato, é diferencial em sua abordagem. “Eu crio um relacionamento com as pessoas. Eu brinco de imitar o Silvio Santos. Crio bordões. Falo coisas da atualidade e informo os clientes sobre a área de doces”, explica o vendedor.

Quem confirma esta abordagem de vendas é o cliente Felipe Gonçalves, estagiário, 23. “Acho bacana a abordagem. Todo mundo estressado do trabalho e ele vem fazer o trabalho dele honesto. É produto de qualidade, muito gostoso”, destacou.

Com esse carisma, David conquista cada vez mais a clientela e não se arrepende de ter saído do mercado tradicional para se aventurar no empreendedorismo. “Minha área sempre foi cozinha gourmet, apesar de não ter formação acadêmica. Foi uma oportunidade que eu tive e resolvi abraçar. Comecei vendendo no meu bairro, na porta de colégios e depois fui vender nos coletivos. Meu produto é bem aceito, mas não sou eu quem fabrica as palhas e sim minha sócia”, revela.   

Os endereços de David na internet são www.saluccidoces.com.br ;  Facebook: @saluccidoces (David Salucci).